sábado, outubro 25, 2025
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Bolsonaro fica inelegível até 2060 após condenação

Brazil's President Jair Bolsonaro, welcomes Paraguay's President Mario Abdo Benitez (out of frame) at Planalto palace in Brasilia on March 12, 2019. (Photo by Sergio LIMA / AFP)

O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ficar inelegível pelos próximos 35 anos em função da condenação na ação penal da trama golpista. Com base na Lei da Ficha Limpa, quem é condenado por decisão judicial colegiada fica impedido de disputar as eleições pelo prazo de oito anos após o cumprimento da pena.

Nesta quinta-feira (11), por 4 votos a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Dessa forma, o ex-presidente está inelegível até 2060. Nesse pleito, Bolsonaro teria 105 anos. Atualmente, ele tem 70.

Bolsonaro já está inelegível até 2030 por ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico.

A condenação ocorreu pela reunião realizada com embaixadores, em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação, episódio que foi incluído na ação penal da tentativa de golpe de Estado e citado pelo relator como um dos “atos executórios” da trama.

Nova lei

Na semana passada, o Senado aprovou uma mudança na Lei da Ficha Limpa para reduzir o tempo de inelegibilidade. A nova regra está no PLP 192/2023 e já foi enviada ao Palácio do Planalto para sanção ou veto presidencial.

Se a matéria for sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prazo da inelegibilidade de Bolsonaro pode acabar em 2033, pois os oito anos de inelegibilidade começariam a contar a partir da data da condenação, ocorrida ontem.

Anistia

Com o atual cenário, Bolsonaro só deve voltar a disputar as eleições com a aprovação de uma lei pelo Congresso para anistiar a condenação na ação da trama golpista.

Dessa forma, apoiadores do ex-presidente na Câmara dos Deputados devem iniciar na próxima semana as articulações para convencer o presidente da Casa, Hugo Motta, a colocar a matéria em votação.

André Richter – Repórter da Agência Brasil

Polícia Civil conclui inquérito sobre furto de gado em Araguacema; 32 pessoas são indiciadas

Bovinos no Tocantins — Foto: Lenito Abreu/Ascom Adapec

A Polícia Civil do Tocantins concluiu as investigações que apuravam um esquema de furto de gado em uma fazenda localizada em Araguacema, na região sudoeste do estado. O inquérito, finalizado nesta quinta-feira (11), aponta o envolvimento de 32 pessoas no crime.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o esquema teria começado em 2024. O principal suspeito é um vaqueiro de 32 anos, funcionário da propriedade, apontado como responsável pelo furto e abate dos animais. Ele contava com o apoio de um casal, que administrava grupos de WhatsApp para intermediar as vendas clandestinas da carne e realizar as entregas.

O vaqueiro foi indiciado por furto de semovente e associação criminosa. Já o casal responderá por receptação de semovente e associação criminosa.

As investigações identificaram pelo menos nove cabeças de gado da raça Nelore furtadas e abatidas. A carne foi revendida na cidade e adquirida por 29 pessoas, todas autuadas e indiciadas por receptação culposa.

O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que deverão adotar as medidas legais cabíveis.

Por: Geovane Oliveira, com informações do G1 Tocantins

Coalizão Vozes do Tocantins leva soluções e desafios locais ao 11º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado

Comemorado no dia 11 de setembro, o Dia do Cerrado é uma data para alertar sobre a urgência da conservação do segundo maior bioma da América, a savana mais biodiversa do planeta e que abriga nascentes de importantes bacias hidrográficas brasileiras. Em razão da data, é realizado entre os dias 10 e 13 de setembro o 11º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, em Brasília.

O evento, que é uma realização da Rede Cerrado e parceiros, contou com a participação da Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, que foi representada pela Associação Pyka Mex (povo Apinajé), Associação Comunitária de Artesãos e Pequenos Produtores de Mateiros (ACAPPM), Associação de Mulheres Agroextrativistas da APA Cantão (AMA Cantão), Centro de Trabalhos Indigenistas e Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).

Para o cacique Joel Apinajé, da Associação Pyka Mex, o evento é uma oportunidade de somar forças para a resistência no território. “Aqui cada organização discute vários temas, a luta do povo, a luta do direito, a luta pelo território e a defesa do Cerrado. Esse encontro é muito importante para o povo que está participando aqui, pra poder discutir, porque hoje em dia a gente sabe que o nosso território tá tendo muito problema, como de desmatamento em torno da área”, relata o cacique.

Genifer Almeida, gestora de projetos da ACAPPM, conta que a participação no evento vem valorizar as soluções trabalhadas nos territórios, como o uso de medicamentos caseiros pela associação de Mateiros. “No nosso projeto nós trabalhamos com plantas medicinais e fitoterápicos, como a Sucupira e a Fava Danta. Nós apoiamos o manejo, a extração do óleo vegetal e o fortalecimento das cadeias produtivas, entendendo que o Cerrado tem uma riqueza capaz de melhorar a vida da comunidade, na saúde e na geração de renda”, justifica.

Bioeconomia do Cerrado

A pauta da alimentação escolar desenvolvida pela Catrapovos Tocantins também recebeu espaço no evento. Silvana Bastos, do ISPN, conta sobre a relevância de programas de incentivo, como a Catrapovos, que vem avançando na implementação de políticas públicas, para o fortalecimento da bioeconomia e da alimentação saudável no Cerrado.

“O Encontro e Feira dos Povos do Cerrado é uma grande celebração da resistência do Cerrado, e a sociobioeconomia está presente nas mesas de debate, na feira com centenas de produtos, frutos e conhecimentos associados. Então também é uma celebração da sociobioeconomia, que pode estar em grande escala no prato das crianças de todo o brasil, mas especialmente nas escolas dos estados do Cerrado”, estimula, se referindo a programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

I Encontro de Mulheres Indígenas do Cerrado

Paralelamente ao Encontro dos Povos, é realizado o I Encontro de Mulheres Indígenas do Cerrado, do qual o Centro de Trabalho Indigenista (CTI) é um dos organizadores e participa com uma delegação vasta de mulheres, incluindo indígenas dos povos Apinajé, Krahô, Xerente e Javaé do Tocantins, entre representantes de outros povos do Brasil.

O encontro, que busca conectar e construir estratégias conjuntas para a defesa de direitos, territórios e modos de vida, promove a valorização e o protagonismo das mulheres indígenas na preservação da vida, da cultura e do Cerrado.

Assessoria de Comunicação

Coalizão Vozes do Tocantins

“Careca do INSS”, empresário e “advogado ostentação” são alvos da PF

Policiais federais cumpriram, na manhã desta sexta-feira (12), a dois mandados judiciais de prisão preventiva contra os empresários Antonio Carlos Camilo Antunes, que ficou nacionalmente conhecido como “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti.

Os mandados foram executados no âmbito da Operação Cambota, que a Polícia Federal (PF) deflagrou para aprofundar as investigações acerca da cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas sem autorização dos benefícios previdenciários pagos a milhões de aposentados e pensionistas.

Também estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de envolvimento no esquema, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os alvos da ação está o advogado Nelson Wilians, dono de um dos mais caros escritórios de advocacia do país e que se tornou conhecido por ostentar, em suas redes sociais, uma vida de luxo.

Suspeito de liderar o esquema bilionário de fraudes, o “Careca do INSS”, foi detido em sua residência, em Brasília (DF). Um novo mandado de busca e apreensão foi executado na casa de um dos filhos de Antunes, Romeu Carvalho Antunes – em cuja residência, a PF apreendeu, em maio, uma BMW e documentos.

Seu advogado, Cleber Lopes, disse a jornalistas que, além de deter Antunes, que passará por uma audiência de custódia, os agentes federais também voltaram a apreender documentos e veículos do empresário – que já tinha sido alvo de mandados de busca e apreensão em outras ocasiões.

“Estamos com toda a documentação separada, catalogada, e vamos apresentá-la à autoridade policial na perspectiva exatamente de desfazer esta equivocada compreensão que foi, talvez convenientemente construída contra o senhor Antunes, para, eventualmente, distensionar outros interesses”, comentou o advogado, defendendo a atuação profissional de seu cliente e alegando surpresa com a prisão de Antunes.
“Todos ficamos surpresos porque, desde que assumimos a defesa, em março, temos feito tudo de maneira republicana. Todas as vezes em que ele precisou viajar, pedimos autorização judicial, ele viajou, voltou e nós comprovamos tudo. Ele não tem tido contato com ninguém, mantendo o foco em sua defesa, já que estamos mantendo o foco na organização e ordenação dos documentos que usaremos na defesa”, acrescentou o advogado, argumentando que o STF autorizou a prisão preventiva “a partir de uma compreensão equivocada dos fatos”.

 

A reportagem da Agência Brasil ainda tenta contato com a defesa do empresário Maurício Camisotti. Em nota, o advogado Nelson Wilians informou que tem colaborado integralmente com as autoridades responsáveis pela investigação e que confia que a apuração demonstrará sua total inocência.

De acordo com a PF, relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelam que o escritório de Wilians repassou R$ 15,5 milhões a Camisotti, por meio de transações consideradas “atípicas”. Segundo o advogado, sua relação com o empresário é “estritamente profissional e legal”.

“Os valores transferidos referem-se à aquisição de um terreno vizinho à sua residência, transação lícita e de fácil comprovação”, reiterou Wilians, sustentado a explicação apresentada anteriormente, quando a transação veio a público. “Ressaltamos que a medida cumprida [o mandado de busca e apreensão] é de natureza exclusivamente investigativa, não implicando qualquer juízo de culpa ou responsabilidade.”

Após o início da Operação Cambota, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que o Congresso Nacional instaurou para apurar as cobranças ilegais de mensalidades associativas, disse que a prisão “dos dois principais envolvidos no esquema de fraudes no INSS” é apenas um “primeiro passo” para esclarecer os fatos e identificar e punir os envolvidos.

“Temos muitas outras pessoas que também têm que ser presas, têm que dar declarações na cadeia. Para que não possam fugir e, principalmente, para que não possam esconder o patrimônio roubado dos aposentados”, comentou Viana, lembrando que, na semana passada, o colegiado enviou ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal, o ministro André Mendonça, um pedido para que a Corte autorizasse a prisão de 21 pessoas investigadas.
“Temos outras 19 pessoas [em relação às quais] pedimos a prisão. Esperamos que, muito em breve, elas também sejam alvos de operações da PF. Porque estas prisões já chegam com atraso, pois a PF já sabe todo o envolvimento da quadrilha, as associações, as empresas de fachada, e ninguém tinha sido preso”, completou Viana.

Além do pedido de prisão encaminhado ao STF na semana passada, o colegiado aprovou, ontem (11), cerca de 400 pedidos de informação e de quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático de suspeitos de participação no esquema, incluindo os de Antunes e de Camisotti.

“Agora, o próximo passo é pedirmos ao ministro André Mendonça que o STF libere [para depor à CPMI] o senhor Antunes, o Careca [do INSS] na próxima segunda-feira [15], e o senhor Camisotti na próxima quinta-feira [18], que já tinham sido intimados pela Polícia Legislativa. Espero que o ministro mantenha a ida deles [ao Congresso Nacional], desta vez, como conduzidos.”
Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil

Projeto que revisa taxa de fiscalização de minerais vai para a CCJ

Koró Rocha

A atualização da tabela da taxa de fiscalização de recursos minerais é o teor de um projeto de lei do Governo do Estado que tramita na Casa de Leis. Protocolado na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) no último dia 2, a matéria foi enviada pela Mesa Diretora para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) nesta terça-feira, 9.

Assinado pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) antes do seu afastamento por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o projeto define, com maior precisão, de acordo com o autor, critérios de apuração e prazo de recolhimento do tributo.

Outra alteração do projeto atualiza anexos e fixa valores proporcionais à natureza e ao volume do mineral movimentado, entre eles o valor de R$ 3,50 por tonelada de fosfato, grafita, grafeno e carvão mineral para emissão da guia de transporte mineral.

Por Glauber Barros

Ex-deputado Lázaro Botelho garante liberação de R$ 1 milhão para Nova Olinda

Mesmo fora do mandato, o ex-deputado federal Lázaro Botelho segue tendo resultados práticos no Tocantins. Foi liberada uma emenda parlamentar no valor de R$ 1 milhão destinada ao município de Nova Olinda, recurso que deverá ser aplicado em melhorias para a população.

Durante seus anos de atuação em Brasília, Botelho direcionou emendas para dezenas de cidades tocantinenses. Mesmo após ter deixado o cargo por decisão judicial, continuou acompanhando o processo de liberação dos recursos já assegurados, garantindo que os municípios não ficassem sem investimentos planejados.

Nas redes sociais, apoiadores destacaram a postura do ex-parlamentar. Em uma das mensagens publicadas, um seguidor afirmou:

“Esse é o homem que tem planejamento para o bem-estar das pessoas. Mesmo não estando atuando no mandato, assegurou as emendas para os municípios, cumprindo sua palavra com os prefeitos. Esse é Lázaro Botelho: homem de honra e cumpridor de seus compromissos com o povo”.

A liberação da emenda reforça a imagem de Lázaro Botelho como um político que mantém influência e resultados mesmo fora da vida parlamentar, com ações que continuam repercutindo diretamente na vida dos tocantinenses.

Por: Geovane Oliveira

Em Araguaína, Polícia Civil conclui investigação e indicia duas pessoas por morte de mototaxista

A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 29ª Delegacia de Polícia de Araguaína, concluiu as investigações relacionadas à morte do mototaxista José Ribamar dos Santos, de 59 anos, ocorrida na noite do dia 16 de agosto de 2025, em Araguaína.

De acordo com o inquérito policial, a vítima trafegava em sua motocicleta quando colidiu contra a lateral de um veículo GM/Celta, que realizava uma conversão abrupta à esquerda. José Ribamar veio a óbito no local.

Inicialmente, uma mulher identificada pelas iniciais M. M. S. apresentou-se como condutora do carro. No entanto, com base em imagens do local, depoimentos de testemunhas e posterior confissão da própria M. M. S., foi possível comprovar que o verdadeiro condutor era um homem, identificado pelas iniciais D.M.P., que não possuía habilitação e apresentava sinais de embriaguez no momento do acidente.

As investigações também revelaram que, logo após o ocorrido, os indiciados removeram o veículo da cena e forneceram informações falsas aos policiais que atenderam a ocorrência, com o objetivo de atribuir a direção do veículo à mulher. As ações configuram os crimes de fraude processual e falsidade ideológica.

Com base nas provas reunidas, o homem foi indiciado pelos crimes de homicídio culposo na direção de veículo automotor, fraude processual, falsidade ideológica e condução de veículo sem habilitação. Já M. M. S. foi indiciada por fraude processual e falsidade ideológica.

Conforme explica o delegado responsável pelo caso, Márcio Lopes da Silva, “a conclusão deste inquérito representa um importante avanço na elucidação dos fatos que resultaram na morte do mototaxista. A Polícia Civil está empenhada em responsabilizar rigorosamente todos os envolvidos para garantir justiça à vítima e sua família”.

O inquérito foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário para manifestação do Ministério Público e demais providências legais cabíveis.

Hiago Muniz/Governo do Tocantins

Confira as penas de Bolsonaro e mais sete condenados pelo Supremo

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta quinta-feira (11) o julgamento da ação da trama golpista.

Por 4 votos a 1, os ministros condenaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A maioria dos réus foi condenada a mais de 20 anos de prisão em regime fechado.

Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais réus não vão ser presos imediatamente. Eles ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações. Somente se os eventuais recursos forem rejeitados, as prisões poderão ser efetivadas.

Confira as penas definidas para os condenados:

– Jair Bolsonaro – ex-presidente da República: 27 anos e três meses;

– Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022: 26 anos;

– Almir Garnier – ex-comandante da Marinha: 24 anos;

– Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal: 24 anos;

– Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI): 21 anos;

– Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa: 19 anos;

– Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 2 anos em regime aberto e garantia de liberdade pela delação premiada;

– Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin): 16 anos, um mês e 15 dias.

Ramagem foi condenado somente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Ele é deputado federal e teve parte das acusações suspensas. A medida vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, ambos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.

André Richter – Repórter da Agência Brasil

Cármen Lúcia forma maioria pela condenação de Bolsonaro e aliados

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta quinta-feira (11) maioria de votos para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados na ação penal da trama golpista.

A maioria foi formada com o voto da ministra Cármen Lúcia. Com o entendimento da ministra, o placar pela condenação de todos os réus está em 3 votos a 1. Falta o último voto, que será proferido em seguida pelo ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado.

Nas duas sessões anteriores, Alexandre de Moraes e Flávio Dino se manifestaram pela condenação de todos os réus. Luiz Fux absolveu Bolsonaro e mais cinco aliados e votou pela condenação de Mauro Cid e o general Braga Netto pelo crime de abolição do Estado Democrático de Direito.

O tempo de pena ainda não foi anunciado e será definido somente ao final dos votos dos cinco ministros, quando é feita a chamada dosimetria. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 30 anos de prisão em regime fechado.

Voto

Em sua manifestação, a ministra disse que o julgamento da trama golpista remete ao passado do Brasil, com rupturas institucionais.

“O que há de inédito nesta ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro na área das políticas públicas dos órgãos de Estado”, afirmou.

Cármen Lúcia também destacou que Bolsonaro e os demais réus não podem questionar a legitimidade da Lei 14.197/21, norma que definiu os crimes contra a democracia e que foi usada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para basear a acusação.

A norma foi sancionada pelo ex-presidente e pelos réus Anderson Torres, Braga Netto e Augusto Heleno, ex-integrantes do governo.

“Não é apenas legitima [a lei], como ainda não se pode dizer que se desconhecia que tentaram atentar contra a democracia. Quatro dos oito réus são exatamente os autores, os que têm a autoria do autógrafo”, disse.

8 de janeiro

A ministra também disse que os atos golpistas foram fruto de um “conjunto de acontecimentos” contra a democracia.

“O 8 de janeiro de 2023 não foi um acontecimento banal, depois de um almoço de domingo, quando as pessoas saíram a passear”, completou.

“Prova cabal”

A ministra afirmou que há “prova cabal” da participação do ex-presidente Bolsonaro e dos demais acusados em uma “empreitada criminosa”.

“A procuradoria fez prova cabal de que o grupo liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, desenvolveu e implementou um plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas com a finalidade de prejudicar a alternância legitima de poder nas eleições de 2022, minar o exercício dos demais poderes constituídos, especialmente o Poder Judiciário”, disse.
André Richter – Repórter da Agência Brasil

Governo do Tocantins celebra safra recorde de milho segunda safra com inovação no consórcio com braquiária

O agronegócio tocantinense vive um momento de celebração e inovação. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou dados que confirmam um novo recorde para a produção de milho segunda safra no Tocantins, impulsionado por um aumento na área plantada e, mais recentemente, pela aprovação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para o consórcio de milho com a braquiária.

A colheita do milho safrinha na safra 2024/2025 superou todas as expectativas, alcançando um volume recorde de 2,25 milhões de toneladas. Esse feito representa um crescimento substancial, consolidando o Estado como um importante polo produtor de grãos no cenário nacional. Por trás desses números impressionantes, está o esforço dos produtores e a adoção de tecnologias que impulsionam a produtividade.

Crescimento em números

De acordo com a Conab, a área plantada com milho segunda safra no Tocantins, saltou de 373 mil para 415 mil hectares. O aumento de área, combinado com condições climáticas favoráveis, como chuvas e temperaturas adequadas, além do uso de sementes de alta qualidade e fertilizantes, foi à chave fundamental para o rendimento excepcional. A produtividade, em algumas regiões, atingiu marcas de até 130 sacas por hectare.

A relevância do Tocantins vai além das fronteiras estaduais, com uma safra recorde de 9,67 milhões de toneladas de grãos no total, o estado se solidifica como o maior produtor da Região Norte e o segundo no Nordeste. A crescente produção de milho safrinha também alimenta um novo setor: usinas de etanol de milho, que devem começar a operar no estado ainda em 2025.

O Consórcio Milho-Braquiária: Uma aposta no futuro próximo

De acordo com o professor e engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), Thadeu Teixeira Júnior, em meio a esse cenário de alta produtividade, a aprovação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para o consórcio de milho com braquiária chega como um novo alento para os produtores. A medida reconhece oficialmente uma prática que une sustentabilidade e eficiência no campo.

“O consórcio, que consiste no plantio simultâneo do milho com a braquiária, oferece uma série de benefícios que impactam diretamente na rentabilidade e na saúde do solo, outra forma de implantação desse sistema é a distribuição da semente da forrageira antes do plantio do milho ou no momento da aplicação do fertilizante de cobertura, ambos misturados, podendo ser utilizado até com formulados, vale destacar que pesquisadores relatam que a pastagem não impacta significativamente no rendimento do milho”, destacou o engenheiro agrônomo, Thadeu Teixeira.

Thadeu Teixeira, explica que, a braquiária atua como uma planta de cobertura, protegendo o solo da erosão, controlando plantas invasoras e melhorando a fertilidade e biota do solo. A palhada deixada após a colheita do milho serve como um adubo verde, um passo crucial para a conservação e o uso sustentável da terra.

“O consórcio, que consiste no plantio simultâneo do milho com a braquiária, também é um pilar da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Este sistema de produção aperfeiçoa o uso da terra ao combinar diferentes atividades na mesma área. Após a colheita do milho, a braquiária, que já estava crescendo, se desenvolve plenamente, transformando-se em uma pastagem de alta qualidade para o gado. Isso melhora a rentabilidade da propriedade e, ao mesmo tempo, a eficiência no utilizo da área”, detalhou.

Thadeu Teixeira ressaltou ainda que, a validação dessa técnica pelo ZARC não apenas mitiga os riscos de perdas na safra devido a condições climáticas adversas, mas também abre portas para que os agricultores tenham acesso a linhas de crédito e a seguros agrícolas. “Essa é uma medida fundamental para que a produção continue a crescer de forma segura e responsável, aliado a união dos dados recordes apontados pela Conab com o reconhecimento oficial de práticas inovadoras pelo MAPA e liderança da Seagro a nível estadual na manutenção do programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), reforça o papel do Tocantins como um estado que adere às inovações na agricultura”, concluiu o engenheiro agrônomo professor Thadeu Teixeira Júnior.

Colaboração: Thadeu Teixeira Júnior – Engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura e Pecuária do Tocantins

 

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