quinta-feira, outubro 23, 2025

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Show de horrores: Deputados federais do Tocantins em Brasília viram as costas para o povo

A bancada federal do Tocantins em Brasília tem protagonizado um verdadeiro show de horrores, decepcionando a população que esperava representação digna e comprometida com os reais interesses do estado. Nomes como Toinho Andrade (Republicanos), Vicentinho Júnior (Progressistas), Alexandre Guimarães (Republicanos), Carlos Gaguim (União Brasil), Ricardo Ayres (Republicanos), Filipe Martins (PL), Eli Borges (PL) e Tiago Dimas (Podemos) estão no centro das críticas.

Enquanto a população sofre com problemas urgentes, como a precariedade da saúde, a falta de infraestrutura, a necessidade de empregos e o combate à criminalidade, os parlamentares preferem aprovar projetos que só atendem a eles mesmos. Foi o caso da chamada PEC da Blindagem, que dificulta investigações contra deputados e senadores, criando um verdadeiro escudo de impunidade.

Outro episódio vergonhoso foi a aprovação de urgência para o projeto de anistia a envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro, quando golpistas depredaram prédios públicos em Brasília. Em vez de defender a democracia e a legalidade, parte da bancada tocantinense escolheu passar a mão na cabeça de vândalos que atacaram o Estado de Direito.

A pergunta que não quer calar é: que tipo de político o Tocantins está enviando para Brasília? A cada votação polêmica, fica mais claro que os interesses da população estão ficando em segundo plano. Temas de grande relevância, como a redução da jornada de trabalho 6×1, a correção da tabela do Imposto de Renda e políticas de desenvolvimento regional, simplesmente não recebem a mesma dedicação e empenho.

O que se vê é um comportamento corporativista, egoísta e distante da realidade do povo tocantinense. Em vez de lutar por melhorias para o estado, a prioridade é salvar a própria pele, garantir emendas parlamentares, preservar privilégios e se blindar contra investigações.

O Tocantins merece mais. O eleitor precisa refletir sobre os representantes que elegeu e se preparar para dar uma resposta firme nas urnas, virando a chave contra uma bancada que insiste em trair a confiança popular. Não é aceitável que parlamentares eleitos para representar o povo atuem como defensores de si próprios em Brasília, esquecendo das necessidades mais básicas da população.

O recado está dado: ou os deputados do Tocantins mudam sua postura, ou o povo vai mudar os deputados.

Por: Geovane Oliveira

Primeira-dama do Tocantins, Karynne Sotero, se pronuncia sobre tentativas de associação ao ex-marido investigado

A primeira-dama do Tocantins, Karynne Sotero, divulgou nesta quarta-feira (17) uma nota pública em que repudia as tentativas de vincular sua imagem às investigações envolvendo seu ex-marido, Paulo César Lustosa, alvo da Operação Fames-19 da Polícia Federal.

“Minha história não se confunde com a de ninguém. Cada um deve responder por seus atos. Não é justo que minha imagem seja associada e eu seja responsabilizada por escolhas que não são minhas”, afirmou Karynne.

Na manifestação, a primeira-dama ressaltou que não tem qualquer ligação com o processo que apura supostas irregularidades na compra de cestas básicas entre 2020 e 2021. Ela também lembrou que está divorciada desde 2017 e que, desde então, construiu sua vida de forma independente.

Karynne destacou que, desde que assumiu a Secretaria Extraordinária de Participações Sociais em janeiro de 2024, tem se dedicado a projetos voltados a famílias vulneráveis, mulheres, crianças e idosos em diferentes regiões do Estado. Entre os resultados, citou a aproximação com as quebradeiras de coco babaçu do Bico do Papagaio, que, segundo ela, estavam sem receber visitas de representantes do governo há mais de 15 anos.

A primeira-dama também apontou que a tentativa de associá-la a fatos alheios reforça um padrão de responsabilização injusta contra mulheres. “Como mulher, sei o quanto os julgamentos podem ser duros e injustos. Mas sigo com serenidade e fé, sustentada pelo apoio de tantas pessoas que acreditam no nosso trabalho e no futuro do Tocantins”, disse.

Ela ainda relacionou as críticas recebidas a um cenário de perseguição política, citando que o governador Wanderlei Barbosa também tem sido alvo de ataques. Apesar disso, afirmou confiar que os esclarecimentos virão em tempo oportuno.

“Confio nos planos de Deus e sei que a verdade sempre prevalece. É Ele quem me sustenta e me dá forças para seguir firme, de cabeça erguida, no caminho do bem e do trabalho pelo povo tocantinense”, concluiu.

Por: Redação

Espetáculo “Ana não foi feita pra caber” estreia com Carla Lisboa em monólogo sobre diagnóstico tardio de autismo e aceitação

No próximo dia 25 de setembro, às 20 horas, o palco do Teatro Sesc Palmas recebe a estreia de “Ana não foi feita pra caber”, novo trabalho da atriz e produtora cultural Carla Lisboa, com direção de Marcial Asevedo. Um monólogo intenso, poético e profundamente humano, que mergulha nas camadas da memória e da identidade para falar de autismo, pertencimento e aceitação.

O monólogo autoral e potente coloca em cena a personagem Ana — seu alter ego — em uma jornada de autodescoberta, memórias e enfrentamento das pressões sociais impostas às mulheres autistas. Com dramaturgia e atuação da própria atriz e direção de Marcial Asevedo, a obra aborda com sensibilidade e força o tema do diagnóstico tardio, trazendo à tona reflexões profundas sobre pertencimento, identidade e aceitação.

A peça revisita três fases da vida de Ana — infância, adolescência e vida adulta —, trazendo à cena lembranças, rótulos e conflitos que marcaram sua trajetória. Em cada momento, ela se vê atravessada por expectativas externas e por uma adaptação forçada ao que a sociedade considera “normal”. “Esse espetáculo nasceu da minha própria experiência, mas não se resume a ela. O diagnóstico de autismo, que recebi já na vida adulta, foi um divisor de águas. Trouxe dor, mas também libertação. Escrever e atuar em Ana não foi feita pra caber é um ato de coragem e de cura — para mim e, espero, para todos que já sentiram que não pertenciam a lugar nenhum”, afirma Carla Lisboa.

O espetáculo, entretanto, vai além de um relato individual: propõe ao público pensar em como cada pessoa, em algum momento da vida, já se sentiu deslocada, sufocada ou inadequada diante das exigências sociais.

A direção

Com olhar atento para as nuances da narrativa, o diretor Marcial Asevedo conduziu a encenação de forma a valorizar tanto os silêncios quanto as explosões emocionais da personagem. “A peça não é só sobre o autismo. É sobre humanidade. Sobre as tentativas de caber em padrões que não nos comportam e a necessidade de criar nossos próprios espaços. A Carla traz para o palco uma entrega visceral, e meu trabalho foi construir uma cena que potencializasse essa verdade”, explica o diretor.

Entre contradições, resistências e descobertas, a peça afirma a impossibilidade de reduzir a vida a formas prontas. O espetáculo é um manifesto pela liberdade de ser, pela aceitação das diferenças e pela potência de transformar dor em arte. Ao final do espetáculo, a artista fará um bate-papo com o público como contrapartida do projeto para falar sobre o processo criativo, sua trajetória e responderá perguntas do público presente.

Trajetória da atriz

Carla Lisboa iniciou sua relação com o teatro ainda na adolescência, em sua cidade natal, quando buscou as artes cênicas como ferramenta para vencer a timidez. Desde então, construiu uma trajetória múltipla como atriz, professora e produtora cultural, atuando em diferentes linguagens e projetos. Interpretou Édipo no espetáculo Édipo Rei (2005), participou de projetos de difusão cultural como o “Cia Teatral Os Issos”, e escreveu e atuou em Espelhos (2018), apresentado no Festival Marmotas de Artes Integradas. Já no Tocantins, integrou a Oficina dos Menestréis – Turma Palmas, que resultou na montagem do musical João Sem Nome (2022), além de participar de projetos audiovisuais e musicais. Agora, com Ana não foi feita pra caber, a atriz traz para o palco sua experiência mais pessoal e, ao mesmo tempo, mais universal.

Ficha técnica

Efeitos sonoros: Mano Josy

Dramaturgia e atuação:     Carla Lisboa

Direção: Marcial Asevedo

Produção executiva: Amuleto Produtora

Produção local: Alternativa Produções

Assessoria de Imprensa: Cinthia Abreu

Contra-regra: Marcio Kleber

Efeitos sonoros: Mano Josy

Maquiagem: Victor Maquia

Intérpretes de libras: AcessArte

Fotografia: Giovelli Flowers

Audiovisual: Círculo Filmes📌

Classificação: 12 anos

Créditos das fotos:

Cinthia Abreu

(63) 9 8427-1805

Câmara aprova urgência para projeto de anistia a golpistas

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (17), um requerimento de urgência em favor do Projeto de Lei (PL) 2162/2023, que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Foram 311 votos favoráveis, 163 contrários e 7 abstenções.

O resultado foi bastante comemorado por deputados a favor do projeto. Antes do encerramento da votação, parlamentares contrários à proposta gritaram palavras como “sem anistia”.

A decisão de pautar a votação foi tomada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após reunião com líderes partidários ocorrida mais cedo.

Há dois anos e meio, golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro depredaram as sedes dos Três Poderes por não aceitarem a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.

O requerimento de urgência acelera a tramitação da matéria, dispensando e reduzindo formalidades regimentais e prazos. Com isso, o texto poderá ser votado diretamente em plenário em qualquer momento sem precisar passar pelas comissões.

Após anunciar o resultado, Motta afirmou que o país precisa ser pacificado.

“O Brasil precisa de pacificação. Não se trata de apagar o passado, mas de permitir que o presente seja reconciliado e o futuro construído em bases de diálogo e respeito. Há temas urgentes a frente e o país precisa andar”, disse.

Motta informou que designará um relator para o projeto nesta quinta-feira (18), para que ele articule um texto substitutivo “que encontre o apoio da maioria ampla da Casa”.

Anistia

De autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), o projeto concede anistia “aos participantes das manifestações reivindicatórias de motivação política ocorridas entre o dia 30 de outubro de 2022 e a data de entrada em vigor da lei”.

Aliados de Bolsonaro defendem que a anistia alcance também o ex-presidente, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 27 anos de prisão, em julgamento concluído na semana passada.

Tiroteio em frente à unidade prisional de Paraíso do Tocantins deixa dois detentos mortos e três feridos

Detentos do semiaberto foram baleados na porta do presídio de Paraíso — Foto: Caio Silva/Paraíso no Grale

Um ataque a tiros na porta da Unidade Prisional de Paraíso do Tocantins, na região central do estado, resultou na morte de dois detentos e deixou outros três feridos na noite desta quarta-feira (17).

Segundo a Polícia Militar (PM), cinco presos do regime semiaberto chegavam para se apresentar na unidade quando foram surpreendidos por indivíduos em uma motocicleta, que dispararam contra eles. Um dos detentos morreu ainda na entrada do presídio. Os demais foram socorridos e encaminhados ao hospital da cidade, mas um deles não resistiu aos ferimentos. Três continuam internados sob cuidados médicos.

A Polícia Científica realizou a perícia no local do ataque. Equipes do 8º Batalhão e do Comando de Policiamento Especializado (CPE) – incluindo o BOPE, BPCHOQUE e BPMRED – fazem buscas na região para tentar localizar os autores.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), até a última atualização, as vítimas fatais não haviam sido identificadas. A instituição informou que a 5ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Paraíso e a 6ª Divisão Especializada na Repressão ao Crime Organizado (6ª DEIC) acompanham o caso.

Já a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) esclareceu que os disparos ocorreram no momento em que os presos aguardavam para entrar na unidade, onde deveriam pernoitar, e que nenhum policial penal foi atingido. Segundo a pasta, os feridos não correm risco de morte.

O Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) e a Inteligência Prisional foram enviados a Paraíso para reforçar a segurança e apoiar as investigações. Até o fechamento desta reportagem, a motivação do ataque não havia sido esclarecida.

Por: Geovane Oliveira, com informações do G1 Tocantins.

Jornada Tocantinense de Psiquiatria 2025 promove debates sobre prevenção ao suicídio em Palmas

Na próxima quarta, 17, Palmas recebe a Jornada Tocantinense de Psiquiatria 2025. O evento, promovido pela Associação Tocantinense de Psiquiatria, em parceria com a Afya Faculdade de Ciências Médicas de Palmas, por meio do Núcleo de Experiência Discente (NED), da Coordenação de Práticas Profissionais (COPPEX) e da Liga Acadêmica de Saúde Mental Coletiva (LASAMCO), será realizado no auditório da faculdade, às 19h.

A programação integra as ações do Setembro Amarelo, campanha nacional de conscientização sobre a prevenção do suicídio, e pretende reunir acadêmicos, professores, profissionais da saúde e especialistas em psiquiatria e áreas correlatas para discutir temas fundamentais sobre saúde mental. A iniciativa busca fortalecer o diálogo entre a comunidade científica e a sociedade, além de valorizar a troca de experiências e a difusão de conhecimento acessível.

De acordo com o psiquiatra e professor da Afya, Railson de Freitas, a Jornada é uma oportunidade de integrar ensino, pesquisa e extensão em um tema que merece cada vez mais atenção social. “A Jornada é um espaço fundamental de diálogo sobre saúde mental, em especial no Setembro Amarelo. A faculdade se insere como parceira estratégica, fortalecendo a integração entre ensino, pesquisa e extensão, e aproximando a academia das demandas sociais”, afirma.

A participação da Afya na realização do evento envolve apoio científico, logístico e acadêmico, reforçando a importância de envolver instituições de ensino superior em pautas que ultrapassam o ambiente universitário e se conectam diretamente às necessidades da população, explica o professor. Para os estudantes, a Jornada representa também uma oportunidade de formação prática e humanizada, já que a programação permitirá contato com especialistas, debates atualizados e vivências que vão além da sala de aula.
Outro ponto de destaque é a atuação das ligas acadêmicas e núcleos estudantis, que têm papel central na organização e condução das atividades. “A presença ativa dos estudantes contribui para a construção de um ambiente dinâmico, em que diferentes perspectivas se encontram e se somam para enriquecer a discussão”, pontua.
Além de abrir espaço para os futuros profissionais da saúde, a Jornada Tocantinense de Psiquiatria amplia a visibilidade das ações do Setembro Amarelo no Tocantins. “A cada ano, a campanha reforça a necessidade de abordar o suicídio e os transtornos mentais com seriedade, informação e acolhimento. Nesse contexto, a parceria entre entidades de classe, instituições de ensino e ligas acadêmicas mostra-se essencial para a construção de redes de apoio mais sólidas e eficazes”.

As inscrições para a Jornada são gratuitas para acadêmicos da Afya mediante o uso do cupom NEDAFYA, e o link já está disponível com a programação completa. A expectativa é reunir grande público, fortalecendo não apenas o debate sobre saúde mental, mas também a integração entre ciência, ensino e sociedade no estado.

Setembro Amarelo
A campanha “Bora se Cuidar” busca dar visibilidade à importância da saúde mental e ser um porto seguro para médicos e estudantes de Medicina. Com uma abordagem leve e acessível, a iniciativa utiliza influenciadores para amplificar o tema e apoia o público por meio de diferentes formatos e canais: conteúdos em vídeo, podcasts especiais e uma landing page exclusiva que reúne chat de ajuda, cartilha de autocuidado e calendário de eventos, permitindo que cada pessoa escolha o formato que melhor se encaixa em seu momento.

Serviço – Jornada Tocantinense de Psiquiatria 2025
• Data: 17 de setembro (quarta-feira)
• Horário: 19 horas
• Local: Auditório da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Palmas
• Realização: Associação Tocantinense de Psiquiatria, em parceria com a Afya Faculdade de Ciências Médicas de Palmas, NED, COPPEX e LASAMCO
• Tema: Setembro Amarelo – Prevenção do Suicídio e Saúde Mental
• Inscrições: gratuitas para acadêmicos da Afya com o cupom NEDAFYA.

Cênicas Comunicação

PEC da Blindagem: Deputados do Tocantins votam para se proteger da Justiça e revoltam a população

Brasília ferveu nesta terça-feira (16)! Em uma votação histórica e polêmica, a Câmara dos Deputados aprovou — em dois turnos — a chamada PEC da Blindagem, uma proposta que na prática cria uma fortaleza em torno dos parlamentares, dificultando que a Justiça consiga processá-los ou prendê-los.

E sabe o que mais chama a atenção? Todos os deputados federais do Tocantins votaram a favor da medida. Isso mesmo! Sem exceção, eles deram o “sim” que promete incendiar o debate sobre impunidade no Brasil.

👉 Veja quem são os nomes que blindaram o próprio mandato:

  • Toinho Andrade (Republicanos)

  • Vicentinho Júnior (Progressista)

  • Alexandre Guimarães (Republicanos)

  • Carlos Gaguim (União Brasil)

  • Ricardo Ayres (Republicanos)

  • Filipe Martins (PL)

  • Eli Borges (PL)

  • Tiago Dimas (Pode)

O que muda com a PEC da Blindagem?

O texto aprovado determina que o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderá processar parlamentares com autorização da Câmara ou do Senado. Isso significa que, antes de a Justiça agir, os próprios colegas terão que decidir se autorizam ou não.

Mais do que isso:

  • Em caso de prisão em flagrante por crime grave, caberá ao plenário da Casa Legislativa decidir se o parlamentar deve ou não permanecer preso.

  • A proposta também amplia o foro privilegiado, incluindo até presidentes de partidos, que passariam a ser julgados diretamente pelo STF.

  • Medidas cautelares contra deputados e senadores só poderão ser determinadas pelo próprio Supremo, nunca por juízes de instâncias inferiores.

Como foi a votação?

  • 1º turno: 353 votos a favor, 134 contrários e 1 abstenção (mínimo necessário era 308).

  • 2º turno: 344 votos a favor e 133 contrários.
    Ou seja: ampla maioria, mas não sem resistência.

A polêmica

Enquanto deputados comemoram a “segurança institucional”, críticos dizem que a proposta é um escudo contra a Justiça. Para muitos, a PEC representa um “vale-tudo” para proteger políticos acusados de corrupção e outros crimes.

E o Senado? A bola agora está com os senadores, que terão a missão de aprovar ou barrar a proposta. Se passar, o Brasil entrará numa nova era de superproteção parlamentar, vista por especialistas como um retrocesso democrático.

🔥 Nas ruas, o clima é de indignação. Vozes populares já ecoam: “Enquanto o povo sofre, os políticos se blindam!”

Por: Geovane Oliveira

PF deflagra segunda fase da Operação Pacto de Concreto em Porto Nacional

Prédio da Polícia Federal em Palmas — Foto: Djavan Barbosa/Jornal do Tocantins

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (17), a segunda fase da Operação Pacto de Concreto, que apura supostas irregularidades em contratos públicos firmados pela Prefeitura de Porto Nacional. A investigação mira crimes de fraude em licitação, desvio de recursos e associação criminosa.

Nesta etapa, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Palmas, Porto Nacional e Imperatriz (MA), além de duas ordens de afastamento de servidores municipais. Os nomes dos afastados não foram divulgados.

Segundo a PF, o inquérito aponta que servidores municipais, em conluio com particulares, direcionavam processos licitatórios para favorecer determinadas empresas, possibilitando o superfaturamento de contratos públicos. Os investigados podem responder por frustração ao caráter competitivo de licitação, peculato, desvio e associação criminosa, crimes que, juntos, podem resultar em até 23 anos de prisão, além de multa.

Primeira fase

A primeira fase da operação ocorreu em fevereiro de 2025 e revelou indícios de que empresas ligadas a um mesmo grupo familiar simulavam concorrência para obter contratos públicos. Apesar de apresentarem orçamentos distintos para compor preços de referência, elas compartilhavam endereço, contador e telefone, além de subcontratarem umas às outras.

Na ocasião, o esquema teria superfaturado contratos que somam mais de R$ 15 milhões. Dois suspeitos foram presos em flagrante com armas e munições.

A Prefeitura de Porto Nacional, na época, afirmou que os contratos investigados, referentes à construção de pontes nos córregos Manuel Corrêa e Prata, somavam R$ 683 mil e haviam sido celebrados dentro da legalidade e com valores compatíveis ao mercado.

Fonte: G1 Tocantins

Mesa Diretora da Aleto envia projeto da LDO 2026 para a Comissão de Finanças

Koró Rocha

Primeira proposta enviada à Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) pelo governador em exercício, Laurez Moreira (PSD), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2026 foi encaminhado para a Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle nesta terça-feira, 16.

De acordo com o Governo do Estado, a matéria define normas orientadoras para elaboração e execução do orçamento, fixa metas e prioridades da administração e dispõe sobre alterações na legislação tributária.

O texto antecipa a Lei Orçamentária Anual (LOA), que especifica valores para os Poderes e órgãos e será enviada à Assembleia após a aprovação da LDO.

A projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Tocantins para 2026 é de R$ 78,3 bilhões, representando um crescimento de 11,47% em relação ao valor projetado para 2025. Já a Receita Corrente Líquida (RCL) para 2026 é estimada em quase R$ 15,8 bilhões.

Remanejamentos

Entre os termos propostos, o projeto autoriza o Executivo a transpor e remanejar os recursos até o limite de 30% em cada esfera fixada na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, por meio de créditos suplementares abertos por decreto.

A matéria reserva, ainda, o percentual mínimo de 7% da receita geral do Tesouro, excluídas as deduções, para cobrir o déficit da Previdência Estadual, sendo 5,4% para o déficit dos servidores civis, 1,42% para o déficit dos pensionistas e inativos militares e 0,18% para o déficit dos servidores civis dos demais Poderes e órgãos.

Prazos

Após a designação do relator na Comissão de Finanças, seus membros terão até oito dias para apresentação de emendas. Vencidos os oito dias, o relator tem até 15 dias para apresentar o parecer, que será submetido ao colegiado. Após esse prazo, o projeto da LDO será enviado para votação no plenário da Aleto.

Por Glauber Barros

PEC da blindagem é aprovada por deputados e vai ao Senado

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dificulta o andamento de processos criminais contra deputados e senadores, incluindo até mesmo a execução de mandados de prisão, foi aprovada na noite desta terça-feira (16) pelo plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, em dois turnos de votação.

O texto-base, que dependia de 308 votos para avançar, entre 513 deputados, foi aprovado por 353 parlamentares, em votação de primeiro turno. Outros 134 deputados votaram contra o projeto, e houve uma abstenção.

No segundo turno,  por volta das 23h30, cerca de duas horas depois da primeira votação, a PEC passou com o voto favorável de 344 deputados. Houve 133 votos contrários. Um requerimento para dispensar o intervalo de cinco sessões entre uma votação e outra foi aprovado por ampla margem para permitir o avanço da matéria.

A PEC determina que qualquer abertura de ação penal contra parlamentar depende de autorização prévia, em votação secreta, da maioria absoluta do Senado ou da Câmara. Além disso, a proposta concede foro no Supremo Tribunal Federal (STF) para presidentes de partidos com assentos no Parlamento.

Todos os destaques para mudar o texto, incluindo a exclusão do foro privilegiado para presidentes partidários, foram rejeitados em plenário. Após o fim da votação em segundo turno, deputados seguiram discutindo destaques para excluir pontos do texto.

A chamada de PEC da Blindagem (PEC 3 de 2021), ou PEC das Prerrogativas, foi articulada pela maioria dos líderes da Câmara com o apoio da oposição liderada pelo Partido Liberal (PL).

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) orientou voto contrário, mas 12 deputados da legenda votaram a favor em primeiro turno. Também houve apoio à PEC entre deputados outros partidos da base, como PSB, PSD e PDT.  Além disso, bancadas governistas, como lideranças de Governo e da Maioria, liberaram seus votos em plenário.

Tramitação difícil

Agora, a PEC será enviada ao Senado. Se avançar entre os senadores, processos judiciais, seja por desvio de emendas parlamentares ou outros crimes, só poderão ser julgados no STF com autorização dos parlamentares. Apesar disso, deve enfrentar resistência na Casa revisora. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), demonstrou indignação com a iniciativa.

“A repulsa à PEC da Blindagem está estampada nos olhos surpresos do povo, mas a Câmara dos Deputados se esforça a não enxergar. Tenho posição contrária”, declarou em postagem nas redes sociais. Caberá à CCJ, presidida por Alencar, analisar tanto admissibilidade da PEC quanto seu mérito. Se for levado ao plenário, o texto precisará do voto de 49 entre 81 senadores.

O que foi aprovado

O texto aprovado na Câmara é um substitutivo relatado pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA), que deu parecer favorável ao projeto.

A proposta permite que deputados e senadores barrem a prisão de colegas, em votação secreta. Defensores da medida dizem que a proposta é uma reação ao que chamam de abuso de poder do Supremo Tribunal Federal (STF) e que as medidas restabelecem prerrogativas originais previstas na Constituição de 1988, mas que foram mudadas posteriormente.

Em conversa com jornalistas, o deputado Cajado justificou que o texto não é uma autorização para “maus feitos”, mas apenas uma “proteção” para os deputados exercerem sua função sem medo de “perseguição política”.

“Isso aqui não é uma licença para abusos do exercício do mandato, é um escudo protetivo da defesa do parlamentar, da soberania do voto e, acima de tudo, do respeito à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal”, disse.

O texto apresentado pelo relator afirma que: “Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença de sua Casa”.

Em outro dispositivo, a PEC define que a decisão deve ser decidida “por votação secreta da maioria absoluta de seus membros, em até noventa dias a contar do recebimento da ordem emanada pelo STF”. Maioria absoluta significa a metade dos parlamentares da respectiva Casa Legislativa mais um.

No caso de prisão por crime inafiançável, é necessário manifestação, em 24 horas, da Câmara ou do Senado, por votação secreta. A Casa poderá suspender a prisão com maioria simples que, diferentemente da maioria absoluta, requer a maioria dos parlamentares presentes na sessão e não do total.

Sobre o voto secreto, o relator Claudio Cajado sustentou que a modalidade “nunca deu problema”.

“Qual o problema do voto secreto? [É] para que todos tenham a sua consciência voltada para o pleno exercício da atividade parlamentar”, afirmou.

O relator justificou ainda a inclusão dos presidentes de partidos entre aqueles com direito ao foro por prerrogativa de função, só podendo ser processado pelo STF.

“Eles são ativistas na política. Eles complementam a atividade política. Então, qualquer processo sobre eles não tem que ter autorização, para ficar claro. Mas o foro fica sendo também igual aos dos deputados”, disse Cajado.

Já contrários à proposta alegam que a medida blindará deputados da possibilidade de serem processados e investigados por crimes de qualquer natureza, incluindo delitos comuns, como corrupção e atos de violência, por exemplo.

“Isso aqui é uma desmoralização do Parlamento brasileiro. Está voltando o voto secreto e a forma como vamos dar ao Poder Legislativo de anular o Judiciário, chantagear o Executivo e torná-lo o Poder, por excelência, no semipresidencialismo. Essa é a resposta à condenação ao golpe de Estado no país”, criticou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil

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