Com as negociações congeladas entre o governo e comando de greve, o primeiro dia de paralisação dos professores e servidores da rede de ensino estadual foi marcado por informações e contrainformações sobre o número de escolas que aderiram ao movimento.
Enquanto a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) afirmou que apenas 35% das escolas paralisaram suas atividades ontem, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) – regional Palmas -, Joelson Pereira dos Santos, garantiu que 90% das escolas fecharam as portas fechadas ontem.
Já na Capital, o número de escolas fechadas, segundo Santos, é bem maior. “Em Palmas, 98% já estão fechadas e apenas a Escola Estadual Frederico José Pedreira Neto continua tendo aula.” Santos informou que o sindicato iria visitar as escolas Criança Esperança e Castro Alves novamente para que as aulas, que já foram suspensas no período diurno, também sejam suspensas à noite.
NEGOCIAÇÃO
O secretário de Administração do Estado (Secad), Geferson Oliveira Barros, explicou que as negociações na Educação ocorrem em conjunto com outras categorias de servidores públicos. Segundo o secretário, mesmo sem a presença do presidente do principal sindicato dos profissionais da área educacional do Estado, a proposta é a mesma.
“Existe uma pauta da educação que envolve um conjunto de medidas de aumento salarial, que, em parte, são ilegais, e não tem como abarcar financeiramente. Mas as propostas são as mesmas que as feitas para as outras categorias”, garantiu Barros.
Já o Sintet ressaltou que a Secad ficou de enviar uma proposta separada das demais categorias. No entanto, até o final da noite de ontem, o sindicato não a havia recebido.
Capital
Entre as escolas em que as aulas foram paralisadas está o Colégio Militar, na quadra 206 Norte. Segundo informou o diretor, tenente-coronel Raimundo Nonato Dias de Souza, todos os docentes efetivos aderiram à paralisação, e os cerca de 900 alunos da unidade ficaram sem aulas.
Os docentes do Centro de Ensino Médio Tiradentes, na quadra 806 Sul, também aderiram ao movimento e os pouco mais de mil alunos aguardarão em casa o desfecho das negociações. A secretária da instituição, Janete Valadares Correia, informou que a secretaria está mantendo o atendimento, com o percentual mínimo de pessoal estabelecido (30%).
Já na Escola Estadual Frederico José Pedreira Neto, no centro da Capital, a diretora, Aurora Nazaré, informou que as aulas estão ocorrendo normalmente e que os professores preferiram aguardar, uma vez que o término do primeiro semestre está se aproximando, e a greve seria prejudicial nesse momento.
prejuízos
No Tocantins existem 530 escolas, sendo 384 urbanas e 128 na zona rural
8.233 professores concursados lecionam
180 mil alunos estudam na rede pública
Reivindicações
Sintet
Pagamento da data-base com índice de 8,34% na Folha de Maio de 2015;
Retroativo das Progressões 2013, 2014 e 2015;
Rever a decisão que impede a equiparação PRONO e PROEB;
Reajuste com base no Custo Aluno Ano (13,01%);
Situação dos pedagogos (lotação/carga horária comprometida);
Eleição de diretores de forma democrática;
Enquadramento dos administrativos para a Seduc.
O que diz a Secad
Implemento de 50% da data-base de maneira imediata
Continuar conversando com as categorias, inclusive com a educação, para que em um momento oportuno seja feito o atendimento dos pleitos
Movimento
A greve teve início na última sexta-feira, mas devido ao ponto facultativo declarado pelo governo do Estado devido ao feriado de Corpus Christi, apenas ontem os professores das escolas estaduais paralisaram as atividades.
