A Hemorrede do Tocantins está colocando à disposição da população uma nova forma de captação de plaquetas: a doação por aférese, procedimento mais eficaz em que a quantidade de plaquetas coletadas é 6 vezes maior que na doação de sangue normal e pode ser feita em um intervalo menor de tempo. Com este novo método, o material coletado (plaquetas) beneficia muitos pacientes, especialmente aqueles em tratamento para leucemias e outros tipos de câncer, os submetidos a transplante de medula óssea, a cirurgias cardíacas, as vítimas de trauma, dentre outros. O evento de lançamento da implantação de Doação por Aférese acontece às 9 horas, no auditório do Sebrae, em Palmas.
As plaquetas são fragmentos celulares da medula óssea e tem a função de participar do processo de coagulação sanguínea, ou seja, são fatores necessários para conter um sangramento, já que se o organismo estiver com o número de plaquetas baixo, podem acontecer hemorragias.
E existem duas formas de se coletar plaquetas: através da doação de sangue convencional e a doação de plaquetas por aférese. Nesta segunda opção, o procedimento de coleta de plaquetas por aférese consiste na retirada do sangue total do doador, separação dos componentes por meio de centrifugação, retenção de parte das plaquetas e retorno dos demais componentes do sangue para o doador. Todo o processo dura cerca de 90 minutos. A doação de plaquetas pode ser realizada a cada 72 horas, não ultrapassando 24 doações em 12 meses. A reposição das plaquetas pelo organismo é rápida e ocorre em torno de 48 horas.
Inicialmente o serviço será implantado na Hemorrede Coordenadora, que fica em Palmas, mas de acordo com a supervisora técnica da Hemorrede-TO, Maria do Socorro Medeiros Barbosa, nada impede que o equipamento seja transportado em caso de necessidade. “O material coletado em uma doação por aférese equivale ao material coletado em seis doações de sangue convencional. O volume de plaquetas coletadas é significativo e em casos específicos, se um paciente de outra região do Estado precisar deste componente, podemos transferir o equipamento por um período e assim fazer a coleta de plaquetas necessária”, afirmou.
Processo de doação
1) O doador passa por uma avaliação clínica e triagem (como um doador de sangue)
2) É necessário ser feita uma contagem das plaquetas. O doador deve ter no mínimo 150 mil plaquetas
3) A veia do doador deve ser bem calibrosa
Para ser um doador de plaquetas é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, portar documento oficial com foto, estar bem alimentado (evitando alimentos gordurosos), estar saudável, não estar fazendo o uso de ácido salicílico (AAS), anti-inflamatórios e remédios para pressão.
Não podem doar:
– Doadores que estiverem gripados ou com febre;
– Doadores que ingeriram bebida alcoólicas no dia da doação.
– Pessoas que tiveram hepatite após 10 anos de idade, doença de chagas e malária;
– Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis e usuários de drogas
Maria Tereza Lemes / Sesau