Em apenas um mês de afastamento do governador Wanderlei Barbosa, a população do Tocantins demonstra um sentimento coletivo de saudade e esperança pelo rápido retorno do líder ao comando do Estado. A forte conexão entre o governador e os tocantinenses, construída ao longo de uma gestão marcada pela proximidade com o cidadão e altos índices de aprovação, segue evidente nas ruas e nas redes sociais.

A suspensão de seis meses, decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no início de setembro de 2025, ocorreu em decorrência de uma investigação da Polícia Federal sobre supostos desvios em contratos de cestas básicas durante a pandemia. À época, Barbosa exercia o cargo de vice-governador. Ele nega qualquer envolvimento e afirma que “a decisão do STJ foi precipitada”, sustentando que não era responsável pela autorização das despesas investigadas.

Conexão com o Povo: A Base da Popularidade

A popularidade de Wanderlei Barbosa não é recente. Pesquisas de opinião realizadas em 2025 apontavam uma gestão bem avaliada pela maioria dos tocantinenses. Os números mostram uma aprovação consolidada e transversal, alcançando diferentes regiões, faixas etárias e classes sociais.

Esses dados reforçam que o governador havia conquistado um respaldo popular consistente, sustentado por resultados práticos e um estilo de liderança que priorizava o diálogo e a presença direta nas comunidades.

Gestão Presente e Obras como legado

Durante o primeiro semestre de 2025, a administração de Wanderlei Barbosa foi marcada por investimentos estruturantes e políticas voltadas à inclusão social. Entre as principais ações, destacam-se:

Investimento Bilionário na Saúde: mais de R$ 1,7 bilhão, aplicados no fortalecimento da rede pública, com novas unidades hospitalares — como os Hospitais da Mulher em Palmas e Araguatins — e a modernização de centros de atendimento, além da ampliação das cirurgias eletivas.

• Políticas de Inclusão: criação da Carteira de Identificação da Pessoa com Fibromialgia, garantindo prioridade em serviços públicos, e anúncio do primeiro Centro Especializado em Assistência aos Autistas do Tocantins, sediado em Palmas.

Fortalecimento da Infraestrutura: avanço em obras estratégicas e diálogo constante para captação de investimentos, com destaque para a duplicação da TO-080 e melhorias em rodovias estaduais.

O Anseio pela Volta

Com o afastamento, a população tocantinense sente uma interrupção abrupta em um projeto de governo que vinha recebendo forte aprovação. A esperança no retorno de Wanderlei Barbosa representa, para muitos, o desejo de ver retomada uma gestão pautada em responsabilidade, planejamento e proximidade com o povo.

“É um sentimento de falta. O governador sempre esteve presente, ouvindo a população. Esperamos que ele volte logo”, relatou um morador de Palmas ouvido pela reportagem.

Enquanto aguardam os desdobramentos jurídicos, os tocantinenses mantêm a expectativa de que o retorno do governador simbolize a continuidade do desenvolvimento e da gestão participativa que marcaram os últimos anos no Palácio Araguaia.

Geovane Oliveira, com informações do Correio do Povo, Paraná Pesquisas, Valor International .

O governador do Tocantins, Laurez Moreira, recebeu, nesta terça-feira, 7, no Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa. O encontro teve como objetivo alinhar ações em andamento no estado e fortalecer a parceria entre o Governo do Tocantins e a instituição financeira, com foco na consolidação de novos projetos e investimentos estratégicos.

Durante a visita, o governador Laurez Moreira reforçou o diálogo de parcerias com o banco, ampliando as possibilidades de novos investimentos em áreas prioritárias do estado, especialmente nos setores de industrialização e agronegócio.

“Foi uma reunião muito produtiva. Quero que o BRB esteja presente nas principais cidades de nosso estado e que também priorize investimentos na área da agroindústria. Esse é um setor estratégico e fundamental para o desenvolvimento do Tocantins”, afirmou o governador Laurez Moreira.

O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, destacou que o encontro foi proveitoso, uma vez que os representantes da instituição retornaram ao estado para acompanhar de perto as ações do Governo do Tocantins e aproximar as iniciativas financeiras do Banco das demandas locais, priorizando o desenvolvimento regional.

“Viemos apresentar a atuação do BRB no estado, entender as prioridades do Governo e nos colocar à disposição. A agenda do governador Laurez é pautada em desenvolvimento e aumento da eficiência fiscal, e isso está muito claro”, pontuou o presidente.

Obras de duplicação 

O momento foi oportuno para acompanhar o andamento das obras de duplicação da Ponte Governador José Wilson Siqueira Campos, que liga Palmas a Luzimangues, distrito de Porto Nacional, e da TO-080, entre Luzimangues e Paraíso do Tocantins, ambas realizadas com apoio financeiro do BRB.

Sobre a obra, o presidente do BRB parabenizou o governador Laurez pelo empenho no desenvolvimento dos serviços, e ressaltou a importância da aplicação responsável dos recursos públicos.

“Acreditamos que todos os investimentos que o BRB tem feito no Tocantins têm produzido ótimos resultados. Ficamos muito satisfeitos com o andamento da duplicação da ponte de Luzimangues. Esse é um projeto de médio e longo prazo, e ver os recursos sendo aplicados de maneira adequada é muito positivo para o nós, para o Estado e para a população que será beneficiada”, finalizou Paulo Henrique Costa.

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou hoje (7) a instauração de processo disciplinar contra os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC), em razão da participação do motim realizado no plenário da Casa, no início de agosto. Os processos foram apresentados pela Mesa Diretora da Câmara e receberam parecer favorável do corregedor da casa, deputado Diego Coronel (PSD-BA).

O corregedor sugeriu ao Conselho de Ética da Câmara a suspensão do deputado Pollon por 90 dias e de Marcel Van Hattem e Zé Trovão por 30 dias. Todos são acusados de obstrução da cadeira da Presidência durante a ocupação.

Representações apensadas

O presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União-SC), informou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apensou as três representações e que, em razão disso, será escolhido um único relator para analisar os pedidos.

Foram sorteados para relatar o procedimento os deputados Castro Neto (PSD-PI), Albuquerque (Republicanos-RR) e Zé Haroldo Catedral (PSD-RR). O presidente do colegiado disse que escolherá o relator posteriormente.

Van Hattem questionou o apensamento das representações, com o argumento de que elas são diferentes, apesar de remeterem a um fato acontecido no mesmo dia.

“Não há um liame subjetivo específico entre os três casos. Apensá-las todas cria um expediente ruim para esse conselho”, disse.

O presidente do Conselho destacou que a questão de apensar é “prerrogativa única e exclusivamente do presidente da Câmara”.

Outras representações

Além da obstrução o deputado Pollon ainda responderá a outra representação, pois a falta foi considerada mais grave em razão de ter feito declarações ofensivas ao presidente da Câmara. O presidente do Conselho irá escolher o relator a partir de uma lista tríplice formada por Castro Neto (PSD-PI), Moses Rodrigues (União-CE) e Ricardo Maia (MDB-BA), selecionados por sorteio.

O corregedor também concordou com a aplicação de censura escrita para 14 parlamentares da oposição que participaram do motim.

Caberá à Mesa Diretora a aplicação da penalidade aos deputados Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Zucco (PL-RS), além de Pollon, Van Hattem e Zé Trovão.

Segundo Diego Coronel, as solicitações de punição ocorreram a partir da análise das imagens internas da Câmara e com base nas argumentações das defesas dos parlamentares.

Relembre o caso

Na madrugada do dia 6 de agosto, deputados e senadores de oposição pernoitaram nos plenários da Câmara e do Senado para manter a ocupação das mesas diretoras das Casas, inviabilizando a retomada dos trabalhos legislativos. Os parlamentares, em sua maioria do Partido Liberal (PL), protestam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada dois dias antes. Para partidos da base governista, a ação é ilegal e representaria novo ataque às instituições da República.

Eles também exigiam que fosse pautado o projeto de anistia geral e irrestrita aos condenados por tentativa de golpe de Estado no julgamento da trama golpista, e que também seja pautado o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O ministro dos Esportes, André Fufuca (PP-MA), surpreendeu a direção nacional do Progressistas ao afirmar publicamente, nesta segunda-feira (7), que vai apoiar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. A declaração contraria o posicionamento do partido, que vem cobrando alinhamento de seus filiados com a oposição ao governo federal.

Durante discurso em evento no Maranhão, Fufuca destacou que sua decisão é baseada na “gratidão e na parceria com o presidente Lula”, que o convidou para o cargo e, segundo ele, tem demonstrado atenção com o estado e com o esporte brasileiro.

“Sou um homem de palavra. O presidente Lula confiou em mim e no meu trabalho. Em 2026, estarei ao lado dele para continuar esse projeto que está melhorando a vida do nosso povo”, afirmou o ministro.

A fala de Fufuca ocorre após o ultimato dado pela direção nacional do PP, que pediu que seus filiados em cargos no governo definissem se continuariam no Executivo ou se seguiriam as diretrizes partidárias de oposição. A posição do ministro, portanto, aprofundou o racha interno dentro da sigla, que já enfrenta divisões entre os grupos ligados ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e aos ministros que integram a base de Lula.

Nos bastidores, dirigentes do PP avaliam que Fufuca pode ser afastado da estrutura partidária caso mantenha o apoio explícito à reeleição de Lula. Por outro lado, aliados do ministro defendem que o partido não pode punir quem “está do lado do desenvolvimento e da governabilidade”.

Com o gesto, Fufuca se torna um dos primeiros ministros a declarar apoio aberto à candidatura de Lula em 2026, marcando posição clara em um momento de rearranjo político e de disputas por espaço na base governista.

Por: Geovane Oliveira, com informações da rede sociais