A vida do pedreiro Abel Neto Nonato Pereira, 41 anos, que mora no setor Araguaína Sul, em Araguaína, virou de cabeça para baixo assim que descobriu que estava com câncer.  Sem saber o que fazer, a família entrou em desespero.

 Tudo começou há seis meses, quando Abel foi ao médico para examinar a garganta que estava bastante inflamada. Após exames preliminares, o médico, um clínico geral que trabalha na Maternidade Dom Orione, encaminhou Abel para um otorrinolaringologista, que recomendou ao paciente apenas antiflamatórios. Mas os remédios não fizeram efeito.

 Desconfiada, a família de Abel procurou o pastor da Igreja que frequentam, a igreja Batista Monte Moriá, que se mobilizou para pagar uma consulta com um médico particular, que pediu uma ressonância e tomografia computadoriza. A família, sem condição de pagar os exames, teve que internar Abel no Hospital Regional, onde fez mais exames, incluindo uma biópsia, mas sem nenhum diagnóstico preciso. Dias depois foram feitas outras biópsias que detectaram um câncer maligno e agressivo das células ( carcinoma espinheiros), que já estava em estágio avançado.

 Abel começou a receber atendimento pelo SUS, com tratamento odontológico, pois o hospital não tinha previsão de quando começariam as sessões de quimioterapia e de radioterapia. Enquanto isso, a doença avançava, deixando Abel cada vez mais debilitado e a família desesperada.

 Inconformada, a família resolveu levar o pedreiro para Porto Nacional e, de lá, para o centro oncológico de Palmas, onde refez os exames e começou a fazer o tratamento, que custou até agora cerca de trinta mil reais,  dinheiro conseguido por meio de empréstimos feitos pelos irmãos do pedreiro.

 Abel, que já perdeu 40 kg, está morando em Porto Nacional com a ajuda da família, de amigos e igrejas. Está reagindo ao tratamento, que era para terminar em junho, mas foi informado de que precisa fazer cerca de 10 sessões de radioterapia. A notícia trouxe ainda mais preocupação para a família, que não sabe onde conseguir mais dinheiro para continuar o tratamento do pedreiro. As despesas devem ficar em torno de 45 mil reais. Emocionado, Abel faz um apelo: “Eu só queria ter a chance de viver. A minha doença tem tratamento, mas preciso de ajuda”, desabafa o pedreiro.

 Abel é casado com Rosivânia Pereira, que teve que deixar o emprego de doméstica, para cuidar do esposo. O casal tem três filhos, todos estudantes com bolsas do governo federal. Um deles, que é estagiário, é quem está sustentando a casa com o dinheiro da bolsa.

 A família, que é toda evangélica, disse que encontra forças na fé e nas orações para superar as dificuldades. “Todas as coisas acontecem para o bem daqueles que amam a Deus. Estamos passando por dificuldades e provações, mas temos o conforto de Deus, que sempre nos ajuda através dos irmãos em Cristo, da família e amigos”, disse Camyla, filha de Abel.

 Abel mora na Rua dos Abacateiros, Qd  E5, lote 7, setor Araguaína Sul, Araguaína. Telefones: (63) 992518198 (Rosivânia- esposa), 984796039 (Sara- filha) 991075679 (Camyla – filha), 984029282 (Marilene- irmã) e 99248-7794 (Raimundinho- irmão).