O julgamento da ação movida pelo PSDB que pede a cassação da chapa Dilma-Temer relativa às eleições de 2014 foi adiada para 2017. A decisão foi do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que considerou que o trabalho ainda está em vigor e não haverá tempo para concluir o relatório este ano.

“Não será possível eu apresentar meu voto nesses processos relativos às eleições presidenciais de 2014 antes do término do nosso ano judiciário. Será na segunda-feira e a perícia ainda não está concluída”, declarou o ministro do TSE, Herman Benjamin, relator da ação.

A chapa formada nas eleições presidenciais de 2014 pela ex-presidente, Dilma Rousseff, e pelo então vice-presidente e agora presidente da República, Michel Temer, é acusada pelo PSDB de abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral.

Segundo ele, durante a análise do processo, houveu uma grande dedicação de uma “coalizão de instituições”, como a Polícia Federal, o Conselho de Atividades Financeira, acrescentando que o ritmo dos trabalho foi “o possível”.  O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do TSE, Gilmar Mendes, também elogiou os esforços do processo e disse que o trabalho chegou a provas “enormes e significativas”.

“Independentemente do resultado que se venha atingir ou a chegar, esse trabalho terá um significado histórico ímpar. É a primeira vez que se faz uma avaliação de campanha para presidente da República com esse profundidade. Isso vai contribuir com os melhoramentos dos processos ligados às eleições”, disse Gilmar.

Se o presidente Michel Temer foi declarado culpado no ano que vem, de acordo constituição, devem ocorrer eleições indiretas para a sua sucessão.
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