Esse aparelho realizou seus primeiros voos de demonstração em Zhuhai. No âmbito dessa mostra foi também apresentado o projeto original do novo avião de transporte militar chinês: o quadrimotor Y-30 a turboélice. Ainda falta muito para ele começar voando, mas o avião de transporte já despertou o interesse dos especialistas.
O Y-30 se destina a substituir os aviões de transporte militar médios Y-8 (versão chinesa do avião soviético An-12) que são fabricados e usados atualmente. Se trata de um avião com quatro motores turboélice e uma concepção original da estrutura, quando comparada com a do Y-8 e Y-9.
O novo aparelho terá um porão de carga mais espaçoso e será mais econômico graças à larga utilização de materiais compósitos na sua construção. Também se pode prever que serão realizados esforços para melhorar suas características de pouso e decolagem.
Os trabalhos de desenvolvimento desse avião completamente novo decorrem quando a China já iniciou a produção do avião de transporte médio Y-9, semelhante pelas suas capacidades ao norte-americano C-130J, e tem em fase de testes do avião de transporte pesado Y-20.
Essa é mais uma prova da crescente atenção que a direção militar chinesa dedica à aviação militar de transporte e ao aumento da mobilidade estratégica das tropas chinesas. As forças armadas precisam de um avião capaz de transportar a maior parte dos tipos de armamento e material militar, mas que seja mais simples e barato, quando comparado com o Y-20 ou o Il-76, e capaz de utilizar simultaneamente os pequenos aeródromos locais.
Desde os anos de 1990 que o mais importante parceiro da China no aprimoramento dos aviões Y-8 e no desenvolvimento dos aviões Y-9 era a companhia pública ucraniana Antonov, a qual tinha sido noutros tempos o principal centro de desenvolvimento de aviões militares de transporte da URSS. A ajuda dessa empresa também desempenhou um grande papel nos trabalhos para a criação do Y-20 pesado. Como a indústria ucraniana neste momento atravessa um período de total ruptura, poderá ser equacionado o recrutamento de técnicos ucranianos a título individual. Ou talvez os construtores chineses possam passar sem eles.