A Comissão Executiva Nacional do União Brasil tomou uma decisão drástica e unânime: a expulsão do deputado federal João Francisco Inácio Brazão, conhecido como Chiquinho Brazão, informa o Metrópoles. Esta decisão vem à luz da prisão do político na manhã de domingo (24), por seu suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em 2018, no Rio de Janeiro.
O encontro extraordinário dos membros do União estava originalmente agendado para terça-feira (26), mas foi antecipado dada a gravidade da situação e a urgência em tomar uma posição frente aos eventos recentes envolvendo Chiquinho Brazão.
Em uma nota oficial divulgada pelo partido, é destacado que a decisão de expulsão se baseia em pelo menos três condutas ilícitas conforme previsto no artigo 95 do Estatuto do partido. Entre essas condutas, estão atividades políticas contrárias ao Estado Democrático de Direito e aos interesses partidários, além de violência política contra a mulher. O partido enfatizou seu repúdio veemente a qualquer forma de crime, especialmente contra os princípios democráticos e a violência de gênero, expressando solidariedade aos familiares de Marielle e Anderson. O presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, esclareceu que Chiquinho Brazão não mantinha relacionamento ativo com o partido e já havia solicitado autorização ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar.
A prisão de Chiquinho Brazão e de seu irmão, Domingos Inácio Brazão, suspeitos de serem os mandantes do crime, trouxe à tona uma nova reviravolta no caso Marielle Franco. Segundo a Polícia Federal (PF), os dois teriam arquitetado o assassinato da vereadora. Além disso, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também foi preso no mesmo contexto, sob a acusação de ter planejado o crime e trabalhado para manter os mandantes no anonimato.
Fonte: 247