Os projetos de autoria do deputado José Bonifácio (PR) que propõem aumento nos subsídios do governador, do vice-governador e dos secretários de Estado foram encaminhados na sessão desta quinta-feira, dia 7, à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ). As propostas fixam os subsídios em R$ 29.000,00 para governador, R$ 22.000,00 para o vice e R$ 19.000,00 para secretário de Estado.
A proposta foi recebida com cautela pelos parlamentares Amélio Cayres (SD), Zé Roberto (PT) e Nilton Franco (PMDB), que, na ausência do líder do Governo, Paulo Mourão (PT), ressaltou ser desfavorável a atual situação econômica do Estado a esses aumentos salariais. “O governador faz planos de economia para que o Estado saia dessa crise financeira deixada pelos governos anteriores e não prevê mudanças salariais agora”, defendeu Franco.
Amélio Cayres acompanhou a posição dos parlamentares contrários ao projeto. De acordo com ele, no final do ano passado uma proposta semelhante foi apresentada e retirada sob a alegação de que o Estado estava quebrado. “Não acho viável propor um projeto como esse, que vai onerar ainda mais a folha de pagamento”, argumentou. Ao usar a tribuna para defender seu projeto, Bonifácio rebateu as críticas, afirmando que tal proposta está dentro de sua competência legal e que não vê problema em aumentar o salário do governador, já que ele ganha menos do que um deputado estadual.
Eduardo Siqueira Campos (PTB) também afirmou não ver problema nos projetos de Bonifácio. ”O chefe do Executivo não se manifestou contrário ou favorável à proposta. Se aprovada nesta Casa de Leis, vai caber a ele analisar a viabilidade de uma melhor remuneração aos seus servidores. Não vejo motivo de tanta insatisfação por parte de alguns pares, já que a gestão estadual no decorrer deste ano nomeou mais de dois mil contratados e publicou no último dia 10 de abril a concessão de 70 funções gratificadas”, enfatizou. (Maisa Medeiros)