Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

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O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, adotou um tom comedido sobre orompimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com o governo federal. Para ele, a decisão de Cunha, a quem chamou de “um dos mais brilhantes parlamentares da Casa”, não afeta a relação do governo com o Congresso.

“As relações serão normais entre os dois Poderes. Penso que em todas as pessoas que chegam aonde chegou o presidente Cunha, está implícita a responsabilidade dos chefes de Poder. Os interesses da nação se sobrepõem aos interesses conflitantes entre um e outro Poder”, disse o ministro, hoje (20), em Brasília.

Padilha, que integra o núcleo de articulação política do governo, disse que respeita a opinião do presidente da Câmara e negou qualquer envolvimento do governo com as investigações da Operação Lava Jato que envolveram o nome de Cunha. Ele deu como exemplo a citação de pessoas ligadas ao governo como prova de que não há influência no trabalho da Polícia Federal ou do Ministério Público.

“Vários integrantes do Poder Executivo também sofrem acusações neste processo. O governo, efetivamente, não tem nenhuma influência no Ministério Público e na Polícia Federal, especificamente neste caso, a Lava Jato. É uma percepção pessoal dele, que a gente tem entendimento diferenciado”, disse o ministro. Padilha acrescentou que o governo vai “intensificar a harmonização das relações” com o Congresso Nacional após a retomada dos trabalhos legislativos, a partir de agosto.

Padilha e outros ministros participaram de reunião com a presidenta Dilma Rousseff, na manhã de hoje, para fazer um balanço do semestre. Além dele, estavam na reunião Aloizio Mercadante, da Casa Civil; Joaquim Levy, da Fazenda; José Eduardo Cardozo, da Justiça; Nelson Barbosa, do Planejamento, Orçamento e Gestão e Jaques Wagner, da Defesa.

Parlamentares também participaram do encontro, como o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS); o líder do governo no Congresso, o senador José Pimentel (PT-CE), e o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara.

Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil