O delegado de Polícia Civil, Antonio Onofre, apresentou técnicas de investigação para repreender a atuação do crime organizado. - Vania Machado/Governo do Tocantins

Em continuidade ao workshop “Polícia Civil e o Sistema de Justiça No Combate ao Crime Organizado”, iniciado na manhã desta terça-feira, 21, em Palmas, mais palestras foram realizadas por membros da Polícia Civil, Poder Judiciário e Ministério Público.

A primeira exposição foi feita pelo delegado Gustavo Toledo Vaz, que abordou o avanço das organizações criminosas (Orcrim) no Tocantins, explicando desde o surgimento das facções no Estado e as estruturas que fazem com que o Tocantins seja um ponto estratégico para a rota do tráfico e, consequentemente, para as facções.

Como forma de repreender a atuação das facções, o delegado titular da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso), Antonio Onofre Oliveira apresentou algumas das diversas técnicas de investigação utilizadas para combater esse tipo de delito. “Nosso propósito aqui é compartilhar as técnicas praticadas pela equipe da 6ª DEIC, que têm proporcionado resultados muito positivos no nosso trabalho investigativo”, destacou.

Representando o Ministério Público do Tocantins, o promotor de justiça e membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Benedicto de Oliveira Guedes Neto, ressaltou a importância de se enfrentar as Orcrim com a devida relevância. “É preciso que todos os operadores do sistema de justiça entendam que tráfico não é um crime simples. O Brasil precisa encarar o tráfico com a seriedade que ele precisa ter”, enfatizou.

Finalizando o ciclo de palestras do workshop, o juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça, Arióstenis Guimarães Vieira, além de destacar o enfrentamento ao tráfico de drogas, provocou reflexão sobre a atuação de organizações criminosas no âmbito político. “Aqui eu tenho o dever de colocar em debate não só facções criminosas violentas, mas também organizações que disputam o espaço do poder jurídico e político. Foram identificadas 53 facções atuando na criminalidade violenta. E quantos grupos estão atuando neste momento em licitações fraudulentas em todo o país?”, completou.

Ao final do evento, foram entregues certificados a todos os palestrantes em agradecimento à disponibilidade e conhecimento compartilhado por cada um.

Ana Luiza Dias/Governo do Tocantins