O período chuvoso no Tocantins parece demorar cada vez mais para começar.  Essa sensação é causada devido à variabilidade climática, como explica o professor e meteorologista do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos (Nemet/RH) da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), José Luiz Cabral.

“Cada ano é diferente, tanto em termos pluviométricos [chuvas], quanto em termos térmicos [temperatura]. Não existem anos iguais”. O pesquisador ressalta ainda que, “na nossa história climática, o início do período chuvoso geralmente varia, mais tarde ou mais cedo, mas sempre em média, a partir da segunda quinzena de outubro”.

Apesar das chuvas pontuais, que vêm caindo em todo o Estado ao longo dos últimos 15 dias, a climatologia para o trimestre de outubro, novembro e dezembro sugere que o volume para esse ano seja abaixo do esperado em uma comparação média com os últimos 30 anos. E essa baixa expectativa no volume de chuvas afeta principalmente a produção agrícola, como os plantios da soja e do milho safrinha, que podem ser prejudicados.

O meteorologista destaca ainda que, no Tocantins, a estiagem prolongada afeta principalmente a região Sudeste, devido à seca dos rios. “As chuvas foram poucas ou nenhuma na região nos últimos dias”, disse.

O pesquisador faz parte do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos (NEMET/RH), que desenvolve trabalhos de monitoramento climatológico e disponibiliza à sociedade, via internet, a previsão do tempo para os 7 dias da semana para todos os 139 municípios do Tocantins, e a previsão do clima para 3 meses de todas as regiões do Tocantins. Veja aqui.

Kamila Gonçalves/Governo do Tocantins