O ex-secretário estadual da juventude do governo Carlos Gaguim (DEM), Joaquim Parente Júnior, foi preso pela Polícia Federal nesta segunda-feira (15). Ele é investigado por ter supostamente fraudado licitações do programa Projovem, do Governo Federal, no estado enquanto esteve a frente da pasta, entre 2009 e 2010.

Segundo a PF, o esquema gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 200 mil. Uma empresa teria sido contratada irregularmente e recebido por serviços não realizados durante o projeto. O obetivo do programa era reinserir jovens que tiveram que abandonar os estudos no sistema educacional.

A Justiça Federal decidiu manter a prisão provisória de Joaquim Parente Júnior na audiência de custódia, durante a tarde desta segunda. Uma das acusações é de que o ex-secretário tentou coagir testemunhas durante a investigação.

Esta é a segunda vez que Parente é alvo da PF. Durante a Operação Ápia ele foi denunciado por não repassar dinheiro cobrado dos servidores públicos para o pagamento de consignados aos bancos. Este caso foi durante a gestão dele na Secretaria da Fazenda, no governo de Sandoval Cardoso.

A operação recebeu o nome de Krank e se refere ao personagem principal do filme “Ladrão de Sonhos”. Também foram realizadas buscas em um endereço em Paraíso do Tocantins.

Outro lado

O advogado de Joaquim Parente Júnior disse que não vê fundamentos para a prisão, que o cliente não fez nenhum tipo de ameaça a qualquer testemunha e nunca se apropriou de qualquer recurso do programa. Disse ainda que as contas do Projovem foram aprovadas pelo FNDE e que não ficou constatada qualquer irregularidade.

Em nota, a Secretaria da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) disse que a investigação é sobre um programa desenvolvido no Tocantins em gestões anteriores. “Ainda assim, a Seduc se coloca à disposição da Justiça no sentido do colaborar para que os fatos sejam elucidados”, disse a assessoria da pasta.

Por G1 Tocantins