Ao todo 80 alunos da APAE, UMA (Universidade da Maturidade), CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) e da Escola Militar Jorge Humberto Camargo receberam o certificado e foram batizados na capoeira

A dona de casa Sâmua Soares acompanha o desenvolvimento do seu filho Kaleb que há dois meses pratica as aulas de capoeira oferecidas pelo Instituto Internacional de Capoeira, Artes e Cultura em parceria com a Prefeitura de Araguaína. Kaleb foi diagnosticado com hemiparesia, uma paralisia do lado esquerdo do corpo.

“O neurologista orientou que ele praticasse um esporte para melhorar a condição de saúde e eu já tenho percebido benefícios principalmente no equilíbrio pois a ginga auxilia muito”, contou Sâmua.

Kaleb fez parte dos 80 alunos da APAE, UMA (Universidade da Maturidade), CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) e da Escola Militar Jorge Humberto Camargo, que receberam o certificado, conhecido como batizado na capoeira durante o III Tocantins Cultural de Capoeira, realizado nessa última sexta-feira, 27, no auditório da Escola de Tempo Integral, no Setor Nova Araguaína.

O evento contou ainda com apresentações artísticas da Reciclarte, UMA e rodas de capoeira, além da presença dos servidores, secretários e mestres da capoeira. A secretária municipal da Educação, Elizângela Moura reconheceu a importância das aulas e agradeceu pelo trabalho desenvolvido em parceria. “É um privilégio termos conosco instituições que contribuem para o crescimento de Araguaína”, afirmou.

Vidas transformadas
Elcimar Pessoa, mais conhecido como Mestre Pessoa, há 25 anos, oferece aulas de capoeira por meio do Instituto, em escolas, CRAS e recentemente a UMA. “Por meio do esporte lidamos com várias realidades, de crianças em vulnerabilidade social a idosos e vi pessoas recuperarem as energias tanto física como mental e melhorarem a flexibilidade e mobilidade do corpo. É emocionante salvar vidas por meio da capoeira!”, contou.

“Eu gosto de todas as atividades e aulas que são realizadas na UMA, recebem todos felizes e voltei a conviver com as pessoas e aprendi a ser mais comunicativa”, contou a estudante Maria de Neves.

O esporte é inclusivo e também tem alegrado os dias do aposentado Antônio Reis, a deficiência visual não é empecilho para ele se divertir nas rodas de capoeira. “Comecei porque eu gosto de dançar, acho a capoeira animada e o professor sempre prestativo me conduz para que eu faça os movimentos”, contou.

Por: Redação