Diretora da farmacêutica se respaldou na decisão do próprio STF, na qual ficou garantido seu direito de permanecer em silêncio em perguntas que pudessem incriminá-la, entretanto, a diretora decidiu não responder a nenhum questionamento.

Nesta terça-feira (13), a diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, se negou a responder perguntas feitas pelos senadores na CPI da Covid. Medrades foi convocada como testemunha, mas afirmou que, por ser investigada, não responderia para não produzir provas contra si mesma, segundo o G1.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a comissão entrará com “embargos de declaração” junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Esse tipo de recurso não altera o teor da sentença, mas permite pedir maiores esclarecimentos ao juiz ou tribunal que emitiu a decisão.

“Quero dizer a vossas excelências que caso a depoente não responda nenhuma pergunta, nós iremos entrar com embargo de declaração para que o presidente do Supremo possa esclarecer quais são os limites da depoente em ficar em silêncio, e a convocaremos novamente”, declarou Aziz.

A defesa da diretora buscou respaldo na decisão do presidente do STF, ministro Luiz Fux, que garantiu a Medrades o direito de permanecer em silêncio nas perguntas que pudessem incriminá-la, entretanto, senadores discordaram que isso garanta um sigilo total no depoimento.

Às 12h12, o presidente da CPI decidiu suspendeu a sessão e convocou uma reunião com os advogados da diretora para debater o caso. 

A Precisa Medicamentos entrou na mira da CPI por ter intermediado a aquisição de doses da Covaxin entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica indiana Bharat Biotech.

Emanuela Medrades foi uma das principais articuladoras nas negociações. Pessoas ouvidas pela CPI relataram ligações e e-mails com a diretora para tratar sobre os detalhes do contrato.

br.sputniknews.com