O impacto na economia da cidade pode ser grande segundo o presidente da entidade
  
A Associação Comercial e Industrial de Araguaína – ACIARA externa profunda preocupação com as consequências que a greve dos vigilantes, iniciada no último dia 15, está trazendo para a economia do município. Devido à paralisação da categoria, os bancos estão impedidos de prestar atendimento aos correntistas. Para o presidente da ACIARA, Manoel de Assis Silva, os transtornos são incalculáveis. “O problema começa com a própria rotina dos comerciantes, que precisam do banco para inúmeras transações financeiras. Há também a impossibilidade de renegociação de dívidas, novos empréstimos para investimentos, entre outras ações. E a população como um todo também perde porque fica impossibilitada de sacar dinheiro e efetuar outras ações para consumir no comércio”.
 Respeitando o direito constitucional de greve da categoria dos vigilantes, a ACIARA irá oficiar o sindicato patronal das empresas de segurança privada para que busquem o acordo o mais rápido possível. “Vamos também solicitar aos bancos que participem mais ativamente das negociações porque todos estão perdendo nesta situação”, completa Manoel.
  Transtornos
  Entre as dificuldades mais comuns que os comerciantes enfrentarão, Manoel cita a impossibilidade de depósitos e isso acarreta sérios riscos de cheques sem fundos. “Também será impossível pagar títulos de valores maiores porque as lotéricas têm limites de recebimento”, reforça o presidente. Há ainda o risco de assaltos já que os comerciantes estão sendo obrigados a reter dinheiro nas lojas.
 
Financiamentos e limites de crédito já estão bloqueados e os caixas eletrônicos, quando acabarem os recursos, certamente não serão reabastecidos com dinheiro, já que as empresas de transporte de valores também foram atingidas pela greve.
  Greve
  Desde a última quinta-feira (15), todas as agências bancárias do Estado estão fechadas em virtude da paralisação dos vigilantes. A categoria reivindica melhoria salarial e no auxílio alimentação, implantação do plano de saúde e odontológico e demais melhorias nas condições de trabalho.
 
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Vigilância no Estado do Tocantins (Sintvisto), o Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp) fez uma contraproposta de aumento de R$ 0,75 no auxílio alimentação e 2% nos salários. A categoria rejeitou a proposta alegando que o que foi ofertado está abaixo da inflação de 6,5% em 2014.
 
Pela Lei Federal 7.102/83, que dispõe sobre a vigilância privada em instituições financeiras, os bancos ficam proibidos de contratar uma segurança particular que não seja de vigilantes devidamente capacitados e treinados, fiscalizados pela Polícia Federal.