Com o objetivo de fortalecer a cultura das comunidades afro-brasileiras e quilombolas, a Comunidade Quilombola Dona Jucelina e a prefeitura Municipal de Muricilândia realizaram o 44° Festejo da Abolição. O evento contou com apresentações musicais, artísticas, exibição e discussão de documentários, oficinas com mulheres das comunidades africanas e um desfile pelas ruas de Muricilândia. De acordo com os organizadores, cerca 6 mil pessoas passaram pelo o evento durante os três dias.

Para o prefeito de Muricilândia, Alessandro Borges, o objetivo do evento é promover a integração das comunidades quilombola da região e a população. “O festejo pela abolição oferece um caminho para repensar os significados do fim da escravidão para a formação da sociedade. Para tal, a prefeitura municipal ofereceu   todo apoio a comunidade quilombola para a realização de mais uma edição do festejo que já é tradição na cidade de Muricilândia, promovendo a integração das comunidades quilombola da região e a população em geral”, disse o prefeito Alessandro.

Já Dona Juscelina lembrou   do fim da escravidão   no Brasil: “A abolição da escravidão no Brasil se deu com a assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888. Entretanto, a extinção do trabalho escravo foi um longo processo que transcorreu ao longo da segunda metade do século XIX, quando a preocupação em relação à utilização da força do trabalho escravo entrou no debate público e a Inglaterra pressionava as nações pelo fim do tráfico de escravos pelo Atlântico.

Com a Lei Áurea sancionada, o destino dos ex-escravos foi diverso e variou em cada região do país. No   caso   da família dela, o destino foi o município de Muricilândia, local onde fundou a Associação da Comunidade Quilombola Dona Juscelina e vive até hoje.

A deputada federal pelo estado   do Tocantins, Dulce Miranda (PMDB), esteve presente no evento   e destacou a importância dos negros no desenvolvimento do estado e do Brasil assim como outras comunidades. “Eles contribuíram muito para todos os setores da economia, da cultura, da religião, das artes, da política   do estado e nacional”, disse a deputada durante o evento.