A União Africana pediu hoje (30) a criação de uma força regional de cinco países, com 7,5 mil integrantes, para combater o aumento de insurgentes do grupo extremista nigeriano Boko Haram.
“O Boko Haram está abusando da crueldade inqualificável, do total desrespeito pelas vidas humanas e da destruição gratuita de bens”, afirmou o comissário da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma. Ele falou após o encontro do Conselho de Paz e de Segurança. “Por isso, é recomendado que os países da região sejam autorizados a aumentar a Força Conjunta Multinacional para 7,5 mil homens”, acrescentou.
Para ele, o Boko Haram é uma ameaça que ultrapassa as fronteiras da Nigéria e a atual crise exige “resposta coletiva, eficaz e decisiva” por parte das nações africanas.
“O terrorismo, em particular a brutalidade dos extremistas do Boko Haram contra o nosso povo, é uma ameaça à nossa segurança e desenvolvimento coletivos”, destacou Nkosazana Dlamini-Zuma, no discurso de abertura da Cúpula da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia.
O grupo Boko Haram quer instaurar um califado no Norte da Nigéria, majoritariamente muçulmano, ao contrário do Sul, de maioria cristã.
A República do Chade, que já apelou à formação de uma coligação de países da região contra o grupo extremista, enviou um contingente militar para os Camarões, país que faz fronteira com a Nigéria, para ajudar a combater os ataques do Boko Haram.
A violência do Boko Haram e sua repressão pelas Forças Armadas nigerianas já causaram mais de 13 mil mortes desde 2009 e cerca de 1,5 milhão de refugiados e deslocados.
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