Em reunião virtual, o STF rejeitou, por 9 votos a 1, um habeas corpus que tentava tirar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, no inquérito das fake news. O chefe do MEC foi incluído por ter dito que, por ele, “botava esses vagabundos” do Supremo na cadeia. O mesmo inquérito apura ameaças a ministros da Corte

Em reunião virtual, o Supremo Tribunal Federal rejeitou, por 9 votos a 1, um habeas corpus que tentava tirar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, no inquérito das fake news. O pedido foi apresentado pelo ministro da Justiça, André Mendonça. O ministro da Corte Alexandre de Moraes se declarou impedido e não votou. Foi ele quem determinou a inclusão de Weintraub entre os investigados. 

O chefe do MEC foi incluído por ter dito, na reunião ministerial de 22 de abril que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. No mesmo inquérito o Supremo também investiga ameaças a ministros da Corte e outras autoridades.

Votaram pela rejeição os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Luiz Fux, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. O ministro Marco Aurélio Mello votou a favor de julgar o HC.

Em maio, a Polícia Federal deflagrou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra bolsonaristas acusados de fake news. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que é alvo da PF, ameaçou a Corte e pediu o “impeachment” do responsável pela ação.

Também na mira das investigações, a militante bolsonarista Sara Winter ameaçou o ministro do STF Alexandre de Moraes, que autorizou a ação da PF e é relator do inquérito sobre fake news. “A gente vai descobrir os locais que você frequenta”.

Dentre os alvos da operação estão os empresários bolsonaristas Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e Edgard Corona, fundador da Smart Fit. A corporação também investiga oito deputados bolsonaristas, dentre eles Carla Zambelli. O  ex-deputado federal Roberto Jefferson é outro investigado. 

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