Presidente do partido afirma que vigília só se encerra com Lula em liberdade
 

A vigília de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos arredores do prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, aonde Lula está preso, não tem prazo para se encerrar. A concentração começou ainda na noite de sábado 7, e ao longo deste domingo foi engrossando o caldo. 

 A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirmou que governadores do nordeste deverão chegar no próximos dias para apoiar movimento. “Nossa vigília não terá fim. Enquanto Lula estiver na PF, nós ficaremos aqui. Não arredaremos pé da luta pela liberdade de Lula”, afirmou. Durante o dia, a movimentação foi pacífica e sem incidentes. 

A presidente afirmou ainda que recusou a proposta da Polícia Federal de deslocar a vigília para um parque. “A PF não é preparada para lidar com populares na rua. Espero que não haja violência outra vez. Se tiver, eles terão que explicar para o mundo por que não sabem lidar com manifestações democráticas”, falou em referência à agressão de policiais da superintendência contra apoiadores de Lula no momento em que o avião que trazia o ex-presidente de São Paulo aterrizou em Curitiba.

Cultura

Durante o dia a cantora Ana Cañas fez uma pequeno show para os manifestantes. A cantora paulista encerrou o show com a música Bêbado e o Equilibrista, composição de João Bosco, que segundo a cantora é canção favorita do ex-presidente. 

Defesa

O advogado Cristiano Zanin esteve com ex-presidente durante a tarde, e em vídeo divulgado nas redes sociais, afirmou que Lula está bem, embora indignado por considerar a decisão da justiça injusta.

Esquerda 

Mais cedo também, o líder nacional do MTST e pré-candidato pelo Psol à presidência Guilherme Boulos disse, enquanto discursava para os sem-tetos da ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo, que todos os esforços serão mobilizados para que Lula esteja em liberdade. 

Essa foi a última assembleia na ocupação. Os sem-teto, que residiam e resistiam desde 1 de setembro na área do bairro Assunção, em São Bernardo, fizeram um acordo com o governo do estado, que ofereceu quatro terrenos para as famílias acampadas.

O movimento se comprometeu em deixar a área até o dia 9, segunda-feira. Ainda assim, os sem-teto marcaram uma nova assembleia para o dia 15 de abril, que será realizada no Sindicato dos Metalúrgicos ABC, mesmo local onde ex-presidente Lula se aquartelou nos últimos dias. Enquanto as lideranças do movimento tentavam combinar essa assembleia com os sem-teto, ouvia-se grupos que diziam que eles deveriam ir para Curitiba. 

Boulos saiu em marcha com os sem-teto rumo à prefeitura de São Bernardo, cujo prefeito, Orlando Morando (PSDB) é um opositor histórico de Lula na política regional. O ex-presidente forjou sua biografia política na cidade, a partir das greves dos metalúrgicos. 

cartacapital.com.br