Foto: Geovane Oliveira

Na manhã desta sexta-feira (8) de dezembro de 2023, servidores municipais se reuniram em frente à Câmara Municipal para protestar contra a recente aprovação de um polêmico projeto que impõe uma taxa sobre os aposentados. O ato de repúdio visava os vereadores e o prefeito Wagner, responsáveis pela aprovação e sanção da medida que afeta diretamente aqueles que contribuíram ao longo de suas carreiras e agora usufruem da aposentadoria.

O projeto, aprovado pela Câmara, em 28 de novembro de 2023, e sancionado pelo prefeito, causou indignação entre os manifestantes, que se aglomeraram em frente à Câmara exigindo explicações. Enquanto os servidores expressavam seu descontentamento, a Câmara permaneceu de portas fechadas, gerando ainda mais revolta entre os presentes. Gritos de protesto ecoavam, acompanhados por palavras de ordem que clamavam a presença dos vereadores para prestar esclarecimentos.

A Câmara Municipal, durante o protesto, permaneceu hermeticamente fechada, o que aumentou a revolta dos manifestantes que, em coro, clamavam por respostas: “Saiam vereadores, venham explicar por que votaram um projeto às escondidas que prejudica os servidores municipais. Cadê o presidente da câmara que diz que trabalha todos os dias? Por que não está aqui?”. A falta de diálogo e a ausência dos representantes públicos apenas intensificaram a indignação dos servidores.

O único vereador a se aproximar dos manifestantes foi Ygor Cortez, que, ao tentar se explicar, acabou sendo vaiado pela multidão. Suas justificativas não foram suficientes para acalmar os ânimos, evidenciando a insatisfação generalizada com a aprovação do controverso projeto.

Durante o tumulto, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município (Sintet), Rosy, trouxe à tona uma questão crucial que tem preocupado a comunidade: um suposto rombo milionário nos cofres do Instituto de Previdência Municipal (IMPAR). Rosy destacou que a taxação dos aposentados parece ser uma tentativa de cobrir esse déficit, mas levantou questões sobre a transparência na gestão dos recursos previdenciários.

“O MPE pediu explicação ao prefeito sobre como ele pretende sanar o rombo na previdência do município. O prefeito, junto com os vereadores, tinha algumas opções, como a venda de terrenos municipais, mas alega que todos já foram vendidos. Em vez disso, optaram por aumentar a contribuição dos aposentados em 14%. Será que não seria mais prudente investigar para onde foi o dinheiro dos aposentados descontados em folhas?”, questionou Rosy, ressaltando a necessidade de transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

O protesto não apenas reflete a insatisfação dos servidores diante das medidas adotadas, mas também reforça a demanda por transparência e participação efetiva dos representantes públicos nas decisões que impactam diretamente a vida da comunidade. Os servidores aguardam respostas concretas e ações que assegurem a justiça e a integridade do sistema Previdenciário Municipal.

Por: Geovane Oliveira