No dia 15 de outubro, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) homenageia os profissionais responsáveis pela construção de conhecimento e mudança de vida.

 

A educação libertadora é ferramenta indispensável para transformação social dos indivíduos, sendo o professor essencial na construção de saberes e mediação de informações. Nesta terça-feira, 15, Dia do Professor, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) destaca a atuação dos educadores no Sistema Prisional e no processo de ressocialização das pessoas privadas de liberdade.

Conforme regulamenta a Lei de Execução Penal (LEP), a assistência educacional é um direito de toda pessoa privada de liberdade. No Tocantins, 64 professores atuam no Sistema Penitenciário, onde o ensino é ofertado através de parceria entre a Seciju, por meio da Gerência de Assistência Educacional e Saúde ao Preso e Egresso (GAESPE), e a Secretaria da Educação, Juventude e Esportes (Seduc).

A atuação dos professores nas casas penais funciona na modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos (Eja), que oportuniza o aluno, que não teve acesso à educação na idade apropriada, retome aos estudos e os conclua em menos tempo. Já nas unidades de atendimento socioeducativo, o ensino é ofertado de forma regular. Em entrevista, os professores falaram sobre o trabalho desenvolvido com pessoas privadas de liberdade.
A professora da Unidade Prisional Feminina de Talismã, Marta Pires, ressalta que o trabalho desenvolvido nas unidades prisionais deve ser realizado de forma dinâmica. “O trabalho desenvolvido nas unidades prisionais é diferente da atuação no ensino regular, pois lidamos com alunas mais velhas, que por algum motivo tiveram que interromper os estudos, mas é gratificante, aprendemos a realizar ele da melhor forma, criamos um vínculo. Para execução desse trabalho precisamos ser mais dinâmicos, com intuito de chamar atenção das reeducandas”, afirmou.

Já o professor da Cadeia Pública de Tocantinópolis, Roberto Kennedy, acredita que as aulas ofertadas proporcionam esperança aos reeducandos. “As aulas são essenciais para que eles voltem à sociedade munidos de conhecimentos. No ensino prisional, os apenados veem nos estudos uma saída, para se libertar e ter um futuro melhor”, ressaltou.

O reeducando, G.L.S, de 48 anos, que cursa o 1º ano do ensino médio e pretende ingressar em uma universidade, relata que os professores também auxiliam no apoio psicológico dentro da unidade. “Parei de estudar com 12 anos de idade e aqui tive a oportunidade de retomar meus estudos, estou aprendendo muito com os professores. Eles fazem além do trabalho de professor, pois nos apoiam, conversam com a gente e nos tranquilizam”, contou.

Para a professora, Geane Nascimento, que atua no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Palmas, a atuação dos professores vai além da aplicação de conteúdo. “O trabalho desenvolvido vai além do pedagógico, é de motivação para o futuro, para que eles despertem a vontade de estudar e criatividade, além do incentivo a valorização à família. Nós trabalhamos em equipe, também realizamos oficinas, com intuito de gerar aprendizado para questão de renda”, contou.

Dia do Professor

 Comemorado em 15 de outubro, o Dia do Professor tem intuito de homenagear os profissionais da educação e conscientizar a população sobre o importante trabalho desenvolvido por esses educadores. A data faz referência ao dia em que Dom Pedro I instituiu a criação das Escolas Primarias de Letras, em 1827.

Apenas 120 anos depois, em 1947, que a data começou a ser comemorada, como homenagem aos professores, através da sugestão do professor paulista Salomão Becker. A ideia é que fosse dado aos professores um dia de folga, devido ao extenso semestre escolar, a celebração espalhou-se pelo país nos anos seguintes e foi oficializada como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.

Vitória Soares – Governo do Tocantins