A deputada estadual, Valderez Castelo Branco, reforçou a importância da conquista do voto feminino no Brasil, comemorado nesta quarta-feira (24), durante a sessão ordinária realizada nesta manhã na Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins (Aleto). A parlamentar parabenizou todas as mulheres que exercem papéis de representação na sociedade: presidentes de bairro, instituições públicas e privadas, comissões, conselhos, sindicatos, entre outras.

“Toda autoridade, homem ou mulher, é instituída por Deus. Se entendemos que o poder emana do povo, este poder deu a mulher o direito de votar e ser votada”, afirmou. Valderez parabenizou também as colegas de parlamento, afirmando que a atuação das mulheres tem feito a diferença na política, na família e na comunidade.

Histórico

Somente na primeira metade do século passado, mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto, adotado no país em 1932 e consolidado na Constituição de 1934. Porém a luta pelo voto já havia começado há tempos.

De acordo com o livro “+Mulheres na Política”, do Senado Federal, Leolinda Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino, lutou para que um senador apresentasse o primeiro projeto de lei, em 1919, em favor do sufrágio feminino. O senador Justo Chermont, autor da proposição, sofreu pressões que levaram ao adiamento da discussão do projeto. Em 1921, tal projeto passou pela primeira votação, mas jamais foi realizada a segunda e necessária rodada de votação para converter o projeto em lei. Nessa época, ocorreram campanhas sistemáticas contra as mulheres, estampadas nas páginas da grande imprensa e endossadas em diversos espaços da vida social.

Ainda de acordo com o livro, em 1927, o Rio Grande do Norte antecipou de forma pioneira o direito feminino ao voto. Neste Estado foi registrada a primeira eleitora, a Sra. Celina Guimarães Viana, que requereu o alistamento baseada no texto constitucional do estado que mencionava o direito ao voto, “sem distinção de sexo”.  Em seguida, o estado teve eleita, em 1929, a primeira prefeita da América do Sul, Alzira Soriano, na cidade de Lajes. O fato repercutiu no Poder Legislativo Federal, que chegou a discutir a validade da lei e da votação, tendo sido respaldadas posteriormente.

Conforme a publicação do Senado Federal, outras eleitoras foram requerendo alistamento nos mais diversos estados brasileiros, conquistando o direito na prática. Diante da realidade, não restou ao poder público outra alternativa que não reconhecer o direito ao voto pelas mulheres, o que veio a ocorrer em 1934. Em homenagem à data, a então presidente Dilma Rousseff incluiu, em 2015, no calendário oficial brasileiro, o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil, comemorado a cada 24 de fevereiro.

 

 

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