ESPORTES
Mundial do Brasil já é o segundo da história em número de gols

A derrota de hoje para a Alemanha foi o pior resultado de uma seleção brasileira em jogos de mundiais. O placar elástico de 7 a 1 de hoje (8) no Mineirão, no entanto, deixou o Mundial do Brasil como a segunda Copa da história em número de gols e com grandes chances de bater o recorde da competição: faltam agora cinco para superar o resultado da disputa na França, quando foram feitos 171 gols.
Até agora, no Mundial do Brasil, foram feitos 167 gols em 61 jogos. Passou com folga os 161 marcados na Copa da Coreia e Japão, em 2002, quando o Brasil foi campeão, e que sustentava até esta terça-feira a segunda colocação.
O resultado do Mineirão chama a atenção pelo tamanho da goleada, a maior sofrida pelo Brasil em Mundiais. Até então, o maior revés ocorreu na Copa da França de 1998, quando os brasileiros perderam para os donos da casa por 3 a 0. Antes da derrota para a França, a defesa do Brasil já havia tomado cinco gols em um jogo, mas o ataque conseguiu evitar o vexame: vitória de 6 a 5 na Copa da França de 1938, sobre a Polônia.
Em jogos não oficiais, a seleção brasileira tomou o maior número de gols em uma única partida em jogo contra a Iugoslávia, em 1934, quando perdeu de 8 a 4, em amistoso jogado logo após o Brasil ter sido eliminado pela Espanha na Copa da Itália disputada naquele ano.
Por outro lado, a derrota de hoje para a Alemanha repetiu o placar da maior goleada que Brasil já conseguiu aplicar em um Copa de Mundo, 7 a 1 na Suécia, disputando a Copa de 1950. O resultado do Mineirão também representa a maior goleada em jogo entre seleções campeãs mundiais em uma Copa.
Autor de um dos gols alemães na vitória sobre o Brasil, o atacante Klose conseguiu seu 16º gol em copas e passou a ser o artilheiro isolado em mundiais, tomando o lugar de Ronaldo. O atacante brasileiro se transformou no maior artilheiro de mundiais jogando na Copa da Alemanha (2006) e tirando o título de um alemão, Gerd Müller. Agora, veio o troco em uma copa disputada no Brasil e em gol marcado contra os anfitriões.
ESPORTES
Torneio de basquete encerrará eventos-teste para Jogos Olímpicos de 2016

A sequência de eventos-teste para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, será fechada, entre janeiro e maio, com 25 competições esportivas. A reta final de eventos prepatórios será aberta com o Torneio Internacional Feminino de Basquetebol, que será realizado de 15 a 17 de janeiro, na Arena Carioca 1.
A arena, localizada na Barra da Tijuca, receberá partidas envolvendo quatro seleções convidadas: Brasil, Argentina, Venezuela e Austrália. Também haverá uma partida de basquete em cadeira de rodas. O próximo evento-teste será a competição de halterofilismo, na mesma arena, entre os dias 20 e 23 de janeiro.
Os últimos eventos-teste previstos são os torneios de atletismo (de 14 a 16 de maio) e atletismo paralímpico (de 18 a 21 de maio). Um jogo do Campeonato Brasileiro, em maio de 2016, também deverá servir como evento-teste. Os Jogos Olímpicos começam pouco mais de dois meses após essa última competição, em 5 de agosto.
“O frio na barriga começou quando a gente começou a fazer os eventos-teste, porque nosso sistema realmente explora o que temos nas instalações e muitas vezes são situações que não são de fácil identificação. Mas quando nos aproximamos dos Jogos, o tempo que temos para a correção, de algum fator que seja observado, é menor”, disse Rodrigo Garcia, diretor de Esportes do Comitê Organizador Rio 2016.

Desde agosto de 2014, quando ocorreu o primeiro evento-teste, já foram realizadas 20 competições para testar as instalações olímpicas
Desde agosto de 2014, quando ocorreu o primeiro evento-teste, uma regata na Baía de Guanabara, já foram realizadas 20 competições esportivas para testar as instalações olímpicas e a infraestrutura da cidade para os Jogos.
Segundo Garcia, a primeira leva de eventos objetivou testar esportes ao ar livre, como vela, ciclismo de estrada, remo e triatlo. Agora, a partir do fim deste ano, a ideia foi começar a testar as instalações olímpicas que começaram a ficar prontas.
“Todos os eventos-teste que fizemos demandaram ajustes. Não teve nenhum evento que tenha terminado 100%. Até porque esse não era o objetivo. O objetivo era realmente tentarmos identificar problemas e ajustes necessários”, acrescentou.
Ele explicou que o esporte que mais demandou ajustes, antes mesmo da realização do evento-teste, foi a competição de ciclismo BMX. “Acho que o BMX foi o evento que demandou mais alterações, principalmente na área de competição. Os atletas entenderam que a pista não estava adequada. Em cima disso, tivemos de fazer alterações drásticas no percurso, em 24 horas. Posso dizer que foi um motivo de celebração, porque percebemos que, em 24 horas, conseguimos realizar um grande trabalho”, concluiu.
ESPORTES
Morre Juvenal Juvêncio, ex-presidente do São Paulo

Ex-dirigente estava com 81 anos e lutava contra um câncer de próstata
Juvenal Juvêncio, ex-presidente do São Paulo, morreu na manhã desta quarta-feira, em decorrência de um câncer de próstata. Aos 81 anos, ele estava internado desde o fim de semana. Juvenal teve dois períodos como presidente do São Paulo – o primeiro entre 1988 e 1990 e o segundo de 2006 a 2014.
Ele fez parte da diretoria comandada por Marcelo Portugal Gouvêa quando o clube foi campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes pela terceira vez (2005). No ano seguinte, já como presidente, emendou três títulos seguidos do Brasileirão, todos com Muricy Ramalho como treinador.
Em 2011, Juvenal alterou o estatuto do São Paulo para ficar por mais um mandato à frente do clube, o terceiro consecutivo. A manobra jurídica foi conduzida por Carlos Miguel Aidar, que havia lançado Juvenal ao cargo de diretor de futebol em sua primeira passagem pela presidência, nos anos 80. Aidar sucedeu Juvenal em 2014 e, pouco tempo depois, ambos se tornaram inimigos. Aidar demitiu Juvenal do cargo de diretor do futebol de base, e Juvenal estipulou como meta de vida derrubar Aidar do poder. Quando isso aconteceu, em outubro, ele disse a pessoas próximas que poderia “descansar em paz”.
Nos últimos meses, mesmo muito doente e entre idas e vindas do hospital, Juvenal continuava sendo informado sobre o dia a dia do São Paulo. Sua última “aparição” pública foi na semana passada, com uma mensagem de áudio executada durante homenagem a Luis Fabiano, a quem contratou em 2011 do Sevilla e que acaba de se transferir para o Tianjin Songjiang, da China.
Juvenal nasceu em Santa Rosa de Viterbo (SP), a 25 de fevereiro de 1934. Ele foi advogado, investigador de polícia e deputado estadual entre 1988 e 1990 e entre 2006 e 2014.
Ainda não foi divulgado onde será o velório e o enterro de Juvenal Juvêncio.