O presidente da República, Michel Temer, o senador Romero Jucá e o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, estão entre os vários políticos citados pelo ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho em sua delação na Operação Lava Jato.
Ao todo, Melo apontou 51 políticos de 11 partidos, envolvidos em um esquema de corrupção que visava a favorecer a empresa. Nomes de destaque do PMDB seriam os responsáveis por organizar o repasse de propina em troca de votos favoráveis a projetos que pudessem beneficiar a Odebrecht de alguma forma.
Segundo o delator, Michel Temer teria atuado como um dos articuladores do esquema na Câmara dos Deputados, junto com Eliseu Padilha e Moreira Franco. Já no Senado, as ações eram coordenadas por Calheiros, Jucá e Eunício Oliveira. Dos seus 27 anos de serviços prestados à companhia, Cláudio Melo passou 12 deles atuando em Brasília. Era considerado um dos homens de confiança do presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, que está preso por corrupção. Em seu depoimento de 82 páginas ao Ministério Público Federal (MPF), Melo, que é um dos 77 delatores da empreiteira na Lava Jato, também cita nomes como o de Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara, os ex-ministros Geddel Vieira Lima, Katia Abreu e Jaques Wagner, os senadores Agripino Maia e Aécio Neves, os deputados Athur Maia, Marco Maia e Duarte Nogueira, o vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, entre outros.

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