Na última sabatina organizada pela Faculdade Católica Dom Orione, em Araguaína, o cenário político da cidade se desenhou de forma reveladora. Enquanto Jorge Frederico, candidato pelo partido Republicanos, marcou presença e enfrentou de frente as perguntas da população e das instituições presentes, o candidato adversário, Wagner, mais uma vez esteve ausente, gerando críticas e questionamentos sobre sua seriedade em relação ao pleito.
A ausência de Wagner não passou despercebida. Em meio a uma plateia composta por estudantes, professores e lideranças da comunidade, Jorge Frederico não perdeu a oportunidade de apontar o que muitos enxergam como uma demonstração de desrespeito. “Araguaína merecia o respeito do candidato adversário que não veio, porque são inúmeras perguntas que ele não tem condição de responder”, disparou o candidato, que foi ovacionado pelos presentes.
A sabatina, que tinha o intuito de ser um palco para a troca de ideias e a apresentação de propostas, acabou por evidenciar uma postura contrastante entre os candidatos. Jorge Frederico, com uma oratória firme e consistente, apresentou soluções para temas sensíveis e de grande interesse público, como saúde, infraestrutura e geração de empregos. Entre suas propostas, destacaram-se a criação do Parque da Saúde, que inclui a entrega de novas unidades de atendimento, como a segunda UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e uma Clínica da Mulher, reforçando seu compromisso com uma saúde descentralizada e de fácil acesso para a população.
Além disso, Jorge não se esquivou de tratar de temas estruturais da cidade, como o planejamento urbano. Ele propôs obras inteligentes para resolver problemas históricos, como os alagamentos que assolam regiões específicas, além de prometer combate ao IPTU abusivo e a criação da Zona Franca do Norte, uma medida que promete impactar diretamente a geração de empregos na região. As soluções voltadas para a juventude, como o Programa Jovem Trabalhador, foram também muito bem recebidas.
Contudo, a ausência de Wagner na sabatina suscitou discussões além da falta de participação. Afinal, não se trata apenas de estar ou não presente, mas do que essa ausência representa em um momento tão crucial para a cidade. O adversário de Jorge, ao não comparecer, perdeu a oportunidade de prestar contas ao povo e discutir os rumos que Araguaína deve tomar nos próximos anos. Mais grave ainda, ele reforçou a percepção de que está distante dos problemas reais da cidade, uma crítica que, durante o evento, se tornou um ponto central nos discursos.
A crítica de Jorge à gestão atual de Araguaína, “um sistema de Prefeitura rica e povo pobre”, ecoou entre os presentes, principalmente ao falar sobre as necessidades das periferias, que, segundo ele, estão abandonadas. Sua proposta de gerar empregos de qualidade e investir em infraestrutura para os bairros afastados reflete um projeto inclusivo, que visa transformar a cidade de forma mais justa e equilibrada.
O contraste entre os candidatos não poderia ser mais claro. De um lado, Jorge Frederico se mostrou aberto ao diálogo, à prestação de contas e ao debate franco de ideias. Do outro, Wagner optou pelo silêncio, talvez em uma estratégia arriscada ou, quem sabe, por falta de respostas. Em tempos de crise e incerteza, a postura de cada candidato fala por si só.
Assim, fica evidente que o caminho escolhido por Jorge Frederico, de diálogo e comprometimento, lhe rendeu aplausos e reforçou sua conexão com o eleitorado. Já Wagner, ao se ausentar de mais um evento público, deixa uma lacuna não apenas no debate político, mas também no seu compromisso com o futuro de Araguaína. A população, que tanto anseia por respostas, terá que se perguntar: quem, de fato, está preparado para assumir as rédeas da cidade e quem foge das responsabilidades?
A sabatina deixou claro que a eleição em Araguaína não será apenas uma escolha de projetos, mas também uma decisão sobre quem demonstra maior respeito pelo eleitorado.
Por: Geovane Oliveira