Um novo estudo realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) identificou “mutações preocupantes” em 11 sequências do SARS-CoV-2 em cinco estados do Brasil: Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraná e Rondônia.

A pesquisa, publicada nesta segunda-feira (22), aponta que o descontrole da pandemia de COVID-19 no país permitiu a criação de linhagens do vírus capazes de escapar parcialmente à possível imunidade adquirida por humanos.

“Identificamos que linhagens do SARS-CoV-2 circulando no Brasil com mutações preocupantes no RBD [domínio de ligação ao receptor] adquiriram, de forma independente, deleções convergentes e inserções no NTD [domínio do terminal amino] da proteína S. Esses achados apoiam que a contínua transmissão generalizada do SARS-CoV-2 no Brasil está gerando novas linhagens virais que podem ser mais resistentes à neutralização do que as variantes parentais preocupantes”, afirmaram os pesquisadores no estudo.

Para os cientistas, os resultados mostram a “necessidade urgente” de mais pesquisas sobre a eficácia das vacinas contra as novas cepas encontradas no Brasil.

Os especialistas temem o risco de transmissão comunitária não controlada contínua do vírus no Brasil para novas gerações de variantes.

“Nossos resultados sugerem que o SARS-CoV-2 está continuamente se adaptando”, alertaram.

As amostras analisadas foram colhidas entre 12 de março de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. No total, 31 pesquisadores assinaram o artigo.

/br.sputniknews.com

 


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