Letícia 1Com 15 anos de profissão e 14 anos de atuação no Tocantins, a advogada Letícia Bittencourt, 37 anos, confirmou, nesta sexta-feira, a sua pré-candidatura a presidente da subseção em Araguaína da OAB-TO (Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins) e o apoio ao grupo encabeçado pelo pré-candidato Walter Ohofugi, 49 anos, na disputa seccional do Tocantins.

Letícia, militante das áreas civil, empresarial e trabalhista, explicou que a sua pré-candidatura nasceu da escolha de um grupo de advogados de Araguaína que entende ser necessário mudar radicalmente a forma como a OAB na cidade e no Estado é gerida. “Num dado momento fui instigada a pensar na importância da instituição na minha vida profissional. Foi quando recapitulando algumas situações já vividas, me deparei com a triste constatação que nunca precisei da Ordem, porque sempre tive que resolver os entraves da advocacia por minha própria conta. Isso me incomodou. O sentimento de que a Ordem é dispensável para assegurar a defesa das minhas prerrogativas, profundamente me fez concluir que é necessário que todos sejamos instados a querer pertencer a ordem. É necessário resgatar seu papel histórico da defesa da Constituição Federal e garantias fundamentais. Conversando com demais colegas, constatamos que esse sentimento era comum e isso me fez repensar a forma e como posso contribuir com a classe a qual pertenço.”, explicou Letícia, ao comentar que, a exemplo do que ocorre no Estado, em Araguaína o mesmo grupo está à frente da OAB por cerca de 20 anos.

A advogada disse, também, que entidade sofre uma “grande falta de representatividade no interior”. Como exemplo, lembrou que Araguaína é o terceiro maior colégio eleitoral de advogados e a situação na cidade e na região é “caótica”, com fóruns, delegacias e presídios sem sala para advogados, por exemplo. “O advogado, assim, está perdendo a credibilidade e espaço que lhe é garantido por lei. Não há como cumprir com seu ministério privado sem condições mínimas de prestação digna de seus préstimos.”, lamentou a pré-candidata.

Para ela, a falta de independência da OAB em Araguaína é ainda pior que no Estado. “Os problemas havidos aqui são centralizados em Palmas e tratados via e-mail e 0800. É burocrático e ineficiente. É preciso que haja uma base fortalecida e presente na subseção ”, ponderou, ao afirmar que a entidade parece estar esquecida na cidade.

Walter Ohofugi

Em relação ao apoio a Walter Ohofugi, ela explicou que isso ocorre por ele ser o único postulante com condições de renovar a OAB. “A proposta do Walter Ohofugi vai ao encontro das nossas ideias, choque de gestão e alternância real”, disse.

A advogada salientou que os outros três pré-candidatos, Gedeon Pitaluga, Ester Nogueira e Ercílio Bezerra são do grupo que comanda a OAB há 21 anos. “Eles não têm como renovar. Gedeon e Ercílio são conselheiros federais, eleitos com a atual gestão e pertencentes a mesma diretoria. A Ester é esposa do atual tesoureiro e foi indicada pelo presidente Epitácio Brandão. Com essas três pessoas, não vejo alternância tampouco mudança no cenário que vivemos”, ressaltou.