A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) acompanha a situação de cerca de 40 indígenas Krahô, da Aldeia Takaywrá, a 40 km de Lagoa da Confusão, que estão sendo retirados temporariamente de onde vivem devido a situação de calamidade no local, com a cheia do Rio Formoso. O Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) da Defensoria em Gurupi oficiou a Defesa Civil e a Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre a situação e, com isso, os indígenas estão sendo transferidos para um acampamento montado em um ginásio, na cidade de Lagoa da Confusão.

De acordo com o coordenador do Nuamac Gurupi, defensor público Leandro Gundim, a retirada da comunidade indígena teve início nesta quarta-feira, 14, e será realizada até que todos tenham sido resgatados.

No último dia 23, a equipe do Núcleo esteve na Aldeia e verificou as péssimas condições devido a cheia do Rio. A situação foi considerada pela Defensoria como de calamidade pública. “No último domingo, dia 11, os representantes da Aldeia fizeram contato com a Defensoria informando que o rio voltou a subir. Com isso, oficiamos os órgãos competentes relatando a situação de completo isolamento e as condições insalubres na Aldeia, recomendando a retirada imediata dos indígenas do local”, disse o Defensor.

A situação
Na Aldeia, a DPE identificou que por não terem lugar apropriado para fazer suas necessidades fisiológicas básicas, os indígenas estão utilizando a água do rio para essa finalidade, mas utilizam água da mesma fonte para o consumo humano, para lavar peças de vestuário e, ainda, para lavar utensílios de cozinha.

Com a cheia do Rio Formoso, o entorno da Aldeia Takaywrá ficou completamente alagado. Como os indígenas da comunidade não possuem motor de popa ou combustível para trafegarem pelo rio, ficaram isolados.

Fotos enviadas à DPE pelos indígenas, no último domingo, mostram que a cheia, que já havia alagado o entorno da comunidade, chegou às casas da Aldeia.

Autor(a): Ascom DPE-TO