A cidade de Araguaína está diante de um debate fervoroso que envolve a demolição do histórico Mercado Municipal. O Prefeito Wagner anunciou sua intenção de substituir a estrutura atual por uma nova edificação no mesmo terreno. No entanto, essa medida está sendo amplamente questionada por comerciantes locais, que temem consequências econômicas negativas decorrentes da obra.

Após o impacto financeiro causado pela pandemia de COVID-19, que afetou significativamente a economia e a estabilidade dos comerciantes do Mercado Municipal, a notícia da demolição gerou apreensão e críticas. Muitos se questionam por que a opção da administração municipal não foi uma reforma, vista por muitos como uma alternativa mais rápida e menos prejudicial para os negócios locais.

Um dos comerciantes, que preferiu manter o anonimato, expressou sua frustração: “Sair de uma pandemia que nos deixou em condições financeiras desfavoráveis para, em seguida, enfrentar a demolição de nosso espaço de trabalho pelo Prefeito Wagner, é algo que não compreendemos. Uma reforma seria a escolha sensata, pois a demolição e a subsequente reconstrução podem levar anos. Como iremos prover o sustento de nossas famílias em locais alternativos? Essa é uma atitude que repudiamos.”

O descontentamento não se limita aos comerciantes afetados. Cidadãos locais também manifestaram preocupações sobre os impactos econômicos e culturais da demolição do Mercado Municipal. Além de ser um local de comércio, o mercado é uma parte essencial da identidade da cidade, atraindo moradores e visitantes em busca de produtos locais e autênticos.

A decisão do prefeito Wagner, embora motivada pela intenção de modernizar a infraestrutura urbana, tem sido alvo de críticas devido à ausência de um diálogo eficaz com os comerciantes e à falta de um plano abrangente para a realocação durante as obras. A demolição de um marco histórico sem um plano concreto para preservação do patrimônio cultural levanta questões sobre a direção do desenvolvimento da cidade.

Diante desse cenário, a importância de uma comunicação transparente entre a administração municipal e os comerciantes é evidente, visando minimizar os impactos negativos da obra. A decisão de demolir o Mercado Municipal de Araguaína ressalta a necessidade de equilibrar o progresso urbanístico com a preservação do tecido econômico e cultural de uma comunidade. A história da cidade e o sustento de muitos estão em jogo, e é vital que sejam considerados cuidadosamente antes de prosseguir com a demolição e a construção planejada.

Por: Geovane Oliveira