O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante entrevista ao programa Brasil em Pauta.

Brasil e África do Sul pagam à Índia um valor duas vezes e meia maior que os países europeus pelas vacinas da AstraZeneca produzidas no Instituto Serum.

A informação foi publicada nesta sexta-feira (22) pelo jornal inglês The Guardian. Segundo o jornal, a África do Sul negociou com a Índia um valor de US$ 5,25 (cerca de R$ 28,40) por dose da vacina. No início de janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicou um comunicado em que informa que negociou o mesmo valor que a África do Sul pelas doses das vacinas.

No entanto, os Estados-membros da União Europeia vão pagar US$ 2,16 (R$ 11,69) pelas mesmas vacinas da AstraZeneca, produzidas pelo mesmo instituto. A informação foi publicada sem autorização no Twitter pela secretária de Orçamento da Bélgica, Eva De Bleeker. Os preços vêm sendo negociados pela União Europeia em sigilo, e a secretária apagou a mensagem meia hora depois de publicá-la.

O vice-diretor geral de Saúde da África do Sul, Anban Pillay, confirmou ao The Guardian o preço das vacinas pago pelo país: “O Departamento Nacional de Saúde confirma que o preço de US$ 5,25 [R$ 28,40] é o que foi cotado para nós”, disse Pillay, por mensagem de texto.

Ao veículo sul-africano Business Day, Pillay disse que o preço mais alto se deve ao fato de que outros países contribuíram para a pesquisa e o desenvolvimento das vacinas, ao contrário da África do Sul.

“A justificativa que recebemos para explicar por que outros países de alta renda têm preços mais baixos é que eles investiram em [pesquisa e desenvolvimento], daí o desconto no preço”, disse Pillay ao Business Day.
br.sputniknews.com

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