As eleições no Brasil prometem ser disputadas diante da polaridade que se apresenta através de uma população dividida entre direita e esquerda. Com esse quadro, quais seriam as táticas usadas por Bolsonaro para se manter no poder?

Desde o começo de seu mandato, Bolsonaro enfrenta uma série de crises e polêmicas em seu governo, que com a pandemia da COVID-19, só amplificaram.

Atualmente, a forma como gerencia seu poder como presidente divide a população brasileira: uma parte grita “Fora Bolsonaro!” a outra evoca “Esse é o meu presidente!”.

Diante desse contexto, e com as próximas eleições presidenciais batendo à porta, o presidente, que até agora não escolheu um partido para se candidatar, mira em ações que possam atrair aqueles que não aprovam seu governo e estimular, ainda mais, aqueles que o defende.

De acordo com o G1, Bolsonaro prepara um “pacote de bondades” com medidas a serem anunciadas para melhorar sua imagem e conquistar eleitores.

Algumas delas abrangeriam modificações no imposto de renda, reajuste para os servidores, prorrogação do auxílio emergencial, novo Bolsa Família, entre outras.

Novo Bolsa Família

O programa aumentaria o atual valor máximo do benefício de R$ 190 para cerca de R$ 300. O nome será alterado e o novo Bolsa Família vai ampliar o público beneficiado de 14 milhões de famílias para algo próximo a 20 milhões, segundo a mídia.

Reajuste para servidores

Uma nova estratégia do presidente e de sua equipe econômica seria um reajuste para os servidores públicos, que nos últimos dois anos não receberam aumento salarial, em uma tentativa do Palácio do Planalto de diminuir as críticas entre os servidores sobre Bolsonaro.

Evitar racionamento por crise hídrica

De acordo com a mídia, Bolsonaro pediu ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para tomar todas as medidas necessárias para evitar um racionamento no país. Um racionamento no período em que a economia começa a se recuperar desgastaria, ainda mais, o presidente.

Imposto de renda

Em relação ao imposto de renda, Bolsonaro poderia, finalmente, efetuar uma ação que foi sua promessa de campanha em 2018, quando prometeu elevar a faixa de isenção de R$ 1.903,98 para R$ 5 mil. 

Depois, ao longo de seu mandato, baixou para R$ 3 mil, e agora, poderia garantir isenção até cerca de R$ 2.400 ou R$ 2.500.

A mídia interpreta que essa medida seria um aceno positivo para o eleitorado de classe média, o qual uma parte ainda apoia o governo, mas outra não.

Para elevar a faixa de isenção, o governo taxaria a distribuição de lucros e dividendos em 20% de Imposto de Renda, mas, em contrapartida, reduzir o IR de empresas. 

Auxílio Emergencial

No caso da prorrogação do auxílio emergencial, a ordem do presidente é que não ocorra o que aconteceu no início do ano, quando o benefício ficou um período sem ser pago aos vulneráveis, pois isso gerou desgaste na imagem do governo.

A princípio, a prorrogação será por mais três meses.

No início de junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que vai manter o auxílio emergencial até toda população adulta ser vacinada, conforme noticiado no dia 8 de junho.

Intenção de votos

Segundo pesquisa divulgada pelo jornal Estado de Minas e realizada entre os dias 11 e 15 de junho, com 2.040 eleitores de 26 estados e do Distrito Federal, a intenção de votos para a presidência da República mostra o presidente, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), empatados tecnicamente.

Em todos os cenários apresentados a diferença entre os dois ficou na margem de erro da pesquisa, de 2%.

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