A superintendente de Desenvolvimento da Cultura da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden), Noraney de Fátima Fernandes de Castro, acompanhou nesta quinta-feira, 14,  expedição realizada pela  Associação para o Comércio de Artesanato Brasileiro (Ascabras) ao Jalapão.  Ao longo do dia, um grupo composto por seis lojistas de diversos estados visitou associações de artesãos, adquirindo produtos e estabelecendo contato para futuros negócios.

Anny Darakjian, integrante da Ascabras, destacou que a entidade é composta por mais de 40 lojistas de todo o Brasil, selecionados a partir de critérios tais como respeito ao artesão, valorização da arte brasileira e interesse em promover o resgate da técnica artesanal, com o propósito de inserir estes conceitos na vida de seus clientes.

“Esta missão é bem característica de uma expedição. Quando o artesão nos recebe em seu local de trabalho, na sua comunidade, o impacto é muito maior, porque a gente conhece o local onde ele vive, onde trabalha, sua família. Esse contato enriquece o nosso trabalho, estabelecendo um vínculo que faz toda a diferença na hora de fazer um pedido, sugerir uma peça. Cria-se uma relação”, destacou.

A vinda do grupo ao Jalapão contou com o apoio do Sebrae Tocantins. De acordo  com o superintendente do órgão, Omar Hennemann, esta é mais uma oportunidade de demonstrar a qualidade do artesanato tocantinense. “O Tocantins já recebeu elogios pela qualidade do seu artesanato. São mãos habilidosas de artesãos que fazem a diferença, e o Sebrae tem muita alegria em participar deste tipo de ação. Vale a pena porque gera renda, gera trabalho e, principalmente, resgata a autoestima das mulheres e dos homens que mexem com artesanato”, pontuou. Acompanhando a missão, estão a coordenadora estadual do Artesanato do Sebrae, Ludmila Matos, e a consultora do órgão, Sônia Korte.

A superintendente de Cultura do Estado enfatizou que a escolha do artesanato tocantinense pelo grupo de lojistas demonstra que o  trabalho dos artesãos regionais tem ganhado cada dia mais visibilidade e reforça o sucesso que os produtos tocantinenses têm feito nas feiras e exposições nacionais das quais têm participado, por intermédio do Governo do Estado e do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB). Algumas das lojistas participantes desta expedição conheceram o artesanato do Estado na Feira Nacional de Negócios e Artesanato, realizada em Olinda (PE). Outras, estiveram na feira internacional, realizada durante os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Palmas, em 2015.

Oportunidade

A expedição agradou as artesãs integrantes das associações locais por possibilitar, além da comercialização no ato da visita, uma chance de abertura de mercado para o futuro.  Maria do Carmo Silva, membro do Clube do Artesanato de Taquarucu – Cataquara, destacou a importância  da vinda da Ascabras ao Estado. “É importante porque a gente fica conhecida no mercado, tem a chance de ver o nosso produto comercializado fora e de aumentar as  vendas. A gente precisa viver disso então, quanto mais mercado, melhor”, disse.

Para a Ascabras, a expedição ao Tocantins superou as expectativas. “A gente não imaginou quantos grupos e quantas artesãs  e artesãos estariam envolvidos nisso tudo. A receptividade é incrível, conhecemos produtos com muita qualidade. É um relacionamento que, com certeza, vai ser muito duradouro. Se aprofundou. A gente adquiriu muita confiança nelas e elas na gente também”, frisou Anny Darakjian.

A expedição

A expedição percorreu as associações de artesãos Cataquara, de Taquaruçu, em Palmas;  Tranças de Tereza e  Associação Comunitária dos Quilombolas de Barra de Aroeira, em Santa Tereza do Tocantins; Lagoa das Formas, em Lagoa do Tocantins;  e, à noite, o grupo foi recebido pela associação de artesãos de Ponte Alta do Tocantins, quando um desfile apresentou a nova coleção de peças em capim dourado produzidas pela entidade.

O grupo segue nesta sexta-feira, 15, para Mateiros, aonde participará da Festa da Colheita do Capim Dourado, que acontece de 15 a 17 de setembro no Povoado Mumbuca – comunidade remanescente de quilombo que deu início ao artesanato com o capim dourado como matéria-prima.

Patrícia Saturno/Governo do Tocantins