A situação financeira da prefeitura de Araguaína tem sido alvo de crescente preocupação e questionamentos, e com razão. O endividamento desenfreado tem lançado sombras sobre o futuro desta cidade do Tocantins, que parece estar atolada em um mar de compromissos financeiros insustentáveis.

Um dos aspectos mais preocupantes dessa narrativa é o desrespeito com os servidores municipais. Enquanto a dívida da prefeitura cresce, os salários e benefícios dos funcionários permanecem congelados, muitas vezes sem reajustes adequados para acompanhar a inflação. Essa falta de valorização do serviço público afeta diretamente a qualidade dos serviços oferecidos à população, deixando os servidores desmotivados e desiludidos.

Outro fator crítico é o aumento da carga tributária imposta aos cidadãos de Araguaína. A prefeitura, em sua busca por recursos para cobrir os crescentes compromissos financeiros, recorre a uma tática que prejudica ainda mais os contribuintes locais. O aumento de impostos e taxas é a resposta padrão para os problemas financeiros do município, o que agrava a situação financeira da população já pressionada por uma economia frágil.

O uso do dólar como base para empréstimos é uma escolha questionável. Embora possa parecer vantajoso em um primeiro momento, essa decisão expõe Araguaína a riscos cambiais consideráveis. As flutuações na taxa de câmbio podem rapidamente transformar uma dívida gerenciável em um fardo incontrolável, comprometendo ainda mais a estabilidade financeira do município.

Os números são impactantes e não podem ser ignorados. Empréstimos que ultrapassam a casa dos milhões de dólares e centenas de milhões de reais já foram contratados, e há estimativas de que a dívida total possa ultrapassar a casa do bilhão. Esse nível de endividamento é uma bomba-relógio que ameaça explodir a qualquer momento, colocando em risco o futuro de Araguaína.

As palavras do ex-vereador Carlos do INSS, que alertou para a possibilidade de a dívida ultrapassar a marca de um bilhão de reais, são um chamado de alerta. Sob os mandatos do ex-prefeito Ronaldo Dimas e do atual prefeito Wagner, a estimativa é de que o endividamento possa alcançar a impressionante marca de 1,3 bilhão de reais, até fim do mandato,  do atual prefeito.

Em conclusão, a prefeitura de Araguaína está trilhando um caminho perigoso e irresponsável em relação ao seu endividamento. Os problemas incluem a não valorização dos servidores municipais, o aumento exorbitante da carga tributária e a exposição imprudente a variações cambiais. É crucial que a gestão pública reveja suas prioridades e tome medidas para garantir um futuro econômico sustentável para a cidade, em vez de arriscar o bem-estar de seus cidadãos em nome de compromissos financeiros insustentáveis. A população de Araguaína merece transparência e responsabilidade em sua administração municipal.

Por: Geovane Oliveira