A população tocantinense chegou a 1.586.859 habitantes em 2025, de acordo com as Estimativas da População divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira (28). O número, referente a 1º de julho, representa um crescimento de 0,6% em relação ao ano anterior (2024).
No cenário nacional, o Tocantins se consolida como a 24ª Unidade da Federação (UF) mais populosa. O Brasil, por sua vez, atingiu a marca de 213,4 milhões de habitantes, com um crescimento de 0,39% frente a 2024.
Destaque para a capital, Palmas, que se mantém como um dos principais polos de atração populacional do país. Com 328.499 moradores, a cidade registrou um crescimento de 1,51% e é a terceira capital que mais cresceu no período, ficando atrás apenas de Boa Vista (RR), que lidera com alta de 3,26%, e Florianópolis (SC), com 1,93%.
Concentração e dispersão populacional
Os dados do IBGE reforçam a concentração da população em poucos centros urbanos no estado. Apenas cinco municípios possuem mais de 50 mil habitantes:
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Araguaína: 183.024
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Palmas: 328.499
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Gurupi: 90.209
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Porto Nacional: 69.551
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Paraíso do Tocantins: 55.704
Na contramão, a grande maioria dos municípios tocantinenses é de pequeno porte. Conforme o estudo, 77 cidades possuem menos de cinco mil habitantes, e apenas 28 ultrapassam a marca de dez mil moradores.
O estado ainda possui representantes no ranking nacional dos municípios menos populosos. Oliveira de Fátima aparece em 7º lugar no país, com apenas 1.220 habitantes. Crixás do Tocantins também integra a lista, na 24ª posição, com 1.494 residentes. Completam a lista estadual dos menores municípios Sucupira (1.591), Chapada de Areia (1.574) e Ipueiras (1.626).
Metodologia e importância dos dados
As estimativas populais são calculadas por um método matemático que leva em conta a tendência de crescimento dos municípios, comparando os dois últimos Censos Demográficos (2010 e 2022), e a projeção populacional de cada estado.
A divulgação anual é fundamental para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos e serve como um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
O IBGE ressaltou que os números refletem as alterações na densidade demográfica estadual desde o último Censo, realizado em 2022. A pesquisa censitária, que deveria ter ocorrido em 2020, foi adiada sucessivamente por conta da pandemia de Covid-19 e de restrições orçamentárias, sendo finalmente executada no ano passado. O Censo é a principal ferramenta para traçar o perfil socioeconômico detalhado do Brasil, indo além da contagem populacional para coletar dados sobre idade, renda, saneamento e outras características da população.
Por; Geovane Oliveira