Os quatro turistas do Tocantins, presos em Fernando de Noronha acusados de fraudar exames de Covid-19, foram soltos e deixaram a ilha neste domingo (1º). A decisão de liberar os visitantes, detidos na pousada desde quinta-feira (29), foi do desembargador Mauro Alencar de Barros.

A prisão preventiva dos visitantes foi decretada pelo juiz André Carneiro de Albuquerque Santana, que acatou a solicitação do promotor Flávio Falcão. Os turistas foram acusados de praticar os crimes de falsificação de documento, uso de documento falsificado e associação criminosa.

Ao chegarem à ilha, na quarta-feira (28), eles se recusaram a fazer exames, alegando que tinham feito os testes no mesmo dia e estavam aguardando os resultados. Quando apresentaram os testes, no dia seguinte, quinta-feira (29), a vigilância da ilha desconfiou da data e descobriu que, na verdade, os exames haviam sido feitos no dia 25 de outubro.

O protocolo estabelecido para ampliação do turismo, a partir de 10 de outubro, determina que um exame seja feito 24 horas antes da viagem. Ou seja: pela regra local, os exames dos turistas deveriam ser datados de 27 de outubro. O teste deve comprovar que o passageiro não tem Covid-19.

O desembargador Mauro Barros concedeu a liberdade provisória dos acusados (dois homens e duas mulheres) e determinou a imediata saída da ilha. Os turistas deixaram Noronha em um jato particular.

Os visitantes deixam Fernando de Noronha num jato particupar  — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

Os visitantes deixam Fernando de Noronha num jato particupar — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

A decisão indicou que a prisão era desnecessária, uma vez que os visitantes poderiam fazer o exame de Covid-19 para afastar o possível risco.

A equipe de Vigilância em Saúde da Administração da Ilha realizou testes, tipo RT-PCR , nos quatro turistas na sexta-feira (30), mas até a última atualização desta matéria o resultado não foi divulgado.

Fonte G1 Tocantins

Por Ana Clara Marinho, G1 PE