Próximo passo é a formação de uma Comissão Especial na assembleia para analisar o caso. Se for condenado, governador afastado perderá o mandato definitivamente.
O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, deputado Antônio Andrade (PSL), aceitou nesta terça-feira (7) um pedido de abertura de processo de impeachment contra o governador afastado Mauro Carlesse (PSL). Trata-se do pedido apresentado pelo advogado Evandro de Araújo de Melo Júnior. (Veja mais abaixo quais são as acusações específicas)
Mauro Carlesse afirmou em nota, divulgada nesta terça, que considera a admissão de um pedido de impeachment pela Assembleia Legislativa um ato apressado e impensado.
Em nota ao JTo por sua assessoria, o governador lembra que seu pedido de reconsideração da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o afastou do cargo está pendente de deliberação do ministro Mauro Campbell e disse confiar “na Justiça Brasileira e nos justos”.
Segundo Carlesse, ele aguarda que o recurso seja deferido “para o retorno ao cargo para o qual foi eleito com a maior votação da história do Tocantins”.
Carlesse afirma ainda que os processos no STJ são inquéritos – ou seja, não há denúncia nem ação criminal – e que seu afastamento “se deu apenas com base em uma investigação unilateral, sem que tivesse tido o direito de ser ouvido e de apresentar preliminarmente documentos que desconstroem totalmente a tese apresentada pelo Ministério Público Federal”.
No texto, o governador afirma que “segue sereno” e está com “a consciência tranquila de que seus atos sempre foram para resgatar a credibilidade do Estado e recuperar as contas públicas”.
Ele cita como resultado de sua gestão, o reenquadramento do Tocantins na Lei de Responsabilidade Fiscal e a retomada de obras como prova da recuperação da capacidade de investimento. “Vitórias que o Tocantins obteve com a participação decisiva dos deputados estaduais que sempre apoiaram essas medidas de austeridade, visando o desenvolvimento do Estado”, conclui.
Fonte: G1 Tocantins