O documento sugere ainda que sejam priorizados produtos com menor impacto ambiental.

 Um dos principais motivos pela ausência de itens para higiene íntima é de natureza financeira. Em Minas Gerais, ainda não há uma política geral de distribuição gratuita de absorventes. O que há, até o momento, tanto no âmbito estadual como na capital, são leis que contemplam alguns grupos em situação de vulnerabilidade, como detentas. Faltar ao trabalho, perder aulas ou ser obrigada a usar métodos alternativos que colocam a saúde em risco.

Durante o encontro, participantes também definiram a agenda de atividades previstas para o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a… Nossa e-newsletter é enviada de segunda a sexta pela manhã, com uma análise do que está acontecendo no Brasil e no mundo, com conteúdo publicado no #Colabora e em outros websites. Outra forma é adquirindo a camisa Dona do Meu Fluxo, com lucro 100% revertido para a causa.

Acho que a grande contribuição desse relatório é justamente nos trazer uma fotografia da quantidade de pessoas impactadas pela pobreza menstrual, algo que a gente já tinha intuitivamente, mas que é muito diferente de quando você olha para os dados. Tudo isso nos faz deixar de ver como uma experiência particular penso para percebê-la como algo muito mais frequente e vivenciado por uma quantidade maior em termos estatísticos do que a gente poderia intuitivamente cogitar. A segunda razão está associada à estigmatização da menstruação, que faz com que haja desconforto por parte da pessoa, discriminação e uma série de situações que podem causar constrangimento advindas de outros.

Na impossibilidade de adquirir itens como absorventes, por exemplo, as pessoas buscam alternativas baratas e que podem trazer sérios danos à saúde física, como irritações, alergias e até infecções graves. Como alternativa, faz-se o uso de panos, jornais, papel higiênico ou miolo de pão. A ONU descreve a pobreza menstrual como um problema de saúde pública e de direitos humanos. A ONU delinear uma pobreza menstrual como um problema tanto de saúde pública quanto de direitos humanos.

A distribuição de absorventes em conjunto com educação menstrual é fundamental. Todos os estudantes, incluindo meninas e meninos, devem ter acesso à informação sobre o tema, especialmente para quebrar tabus e preconceitos. Com uma sociedade informada, esses jovens irão crescer sem tantos receios em falar sobre menstruação. Para mudar essa realidade, é necessário que municípios, estados e o governo federal trabalhem juntos para atacar a falta de acesso à informação, a produtos menstruais e à infraestrutura. No que diz respeito à falta de informação essencial, é urgente a implementação da educação menstrual. Esse ensino propiciará às meninas informações sobre o ciclo menstrual, contemplando uma perspectiva biológica, emocional e social, sempre com naturalidade e adaptação de conteúdo para diferentes faixas etárias.

Por : Geovane Oliveira