A operação recebeu o nome de Troféu e tem como objetivo fortalecer e confirmar informações repassadas durante Delação Premiada, além de colher novos elementos que comprovem os pagamentos indevidos feitos em contratos firmados nas duas pastas.

Os crimes de corrupção, fraudes em licitação, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro estão sendo investigados nas operações Replicantes, Hastati e Brutus realizadas desde 2019.

  • Operação Replicantes – realizada em 6 de novembro de 2019 contra uma organização criminosa suspeita de manter um esquema de corrupção envolvendo gráficas. O empresário Franklin Douglas Alves Lemes foi preso durante as investigações. As empresas dele são investigadas por supostas fraudes em licitações do Governo Estadual durante a gestão de Marcelo Miranda (MDB).
  • Operação Brutus e Hastati – realizada em 10 de março de 2020 contra um mesma organização criminosa especializada em corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, os envolvidos tinham poderes para “desviar recursos públicos e agir nas mais diversas frentes para garantir que as ações ilícitas se mantivessem encobertas”. O grupo movimentara milhões através de empresas do ramo gráfico. Os prejuízos podem ultrapassar R$10 milhões.

Segundo a Polícia Federal, os elementos reunidos até o presente momento, apontam para o pagamento de propinas em espécie, que eram transportadas em envelopes até serem entregues diretamente aos chefes da organização criminosa.

Em ações anteriores, durante a realização de buscas nas residências e nos escritórios ligados aos investigados, os policias identificaram um grande número de envelopes que podem ter sido utilizados para o transporte dos valores.

Análises realizadas pela equipe de Policiais Federais conseguiram revelar evidências de que efetivamente se tratavam de envelopes utilizados para o pagamento das propinas, o que foi detalhado pelas colaborações premiadas firmadas e por outras diligências realizadas pela PF.

A organização criminosa é suspeita de ter mantido um sofisticado esquema para a prática de crimes com o objetivo de acumular riquezas em detrimento dos cofres públicos, além de praticar atos de intimidação e embaraço a investigações.

O nome da operação é uma referência a possível motivação que levou os investigados a manterem guardados, alguns por mais de uma década, os envelopes nos quais supostamente eram, transportadas e entregues as vantagens indevidas.

Fonte: G1 tocantins