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segunda-feira, dezembro 22, 2025

Pará tem campanha de combate ao escalpelamento

CC_JamilleComeça hoje (24) e vai até sexta-feira (28), no Pará, uma campanha de combate ao escalpelamento – vítimas têm cabelos, orelhas e outras partes do rosto arrancados quando os cabelos se enroscam no eixo dos motores das embarcações que fazem o transporte pelos rios da Amazônia. A mobilização quer alertar a população ribeirinha sobre os riscos desse acidente.

Entre as ações da campanha, a promotora de Justiça Suely Catete, da Comissão de Erradicação dos Acidentes com Escalpelamento no Pará, destaca o trabalho direcionado aos barqueiros, para incentivar a cobertura do eixo do motor das pequenas embarcações.

Segundo ela, a Marinha fornece essas coberturas de forma gratuita. “Só que, infelizmente, muitos não aceitam ou aceitam e depois retiram porque acham que dificulta a retirada de água nas pequenas embarcações.

O escalpelamento ocorre quando o eixo de um barco, em rotação, enrosca os cabelos de uma pessoa, arrancando-os bruscamente. Em muitos casos, além de ter os cabelos arrancados, a vítima sofre lesões nas orelhas e sobrancelhas. Segundo a promotora, só no primeiro semestre de 2015 o Pará registrou seis acidentes como esse.

“A última ou a penúltima vítima foi uma criança, a avó estava sentada perto do motor e resolveu deitar a cabeça da criança com o cabelo solto. Aí achou que nunca ia acontecer. Esse é o grande problema: as pessoas acham que nunca vai acontecer”, disse Suely.

Há quatro anos, a assistente social Maria Cristina dos Santos apoia uma organização não governamental que atende a ribeirinhos vítimas de acidentes com motor, a Orvam. Para ela, o maior problema enfrentado pelas mulheres escalpeladas é o preconceito.

“Às vezes, os familiares abandonam essas mulheres, essas crianças. Há maridos que abandonaram suas mulheres, namorados que abandonaram as namoradas. Aquela mulher já passou por uma situação tão delicada e ainda foi abandonada pela família, que não teve estrutura emocional para superar junto com a mulher esse problema. isso é o mais dolorido”.

Edição: Graça Adjuto
Graziele Bezerra – Repórter do Radiojornalismo          

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