O cenário político estadual novamente se agita com a iminente movimentação do Deputado Federal Alexandre Guimarães em direção ao MDB. Contudo, se analisarmos os capítulos anteriores dessa história, encontraremos um enredo repetitivo, marcado por insucessos e desilusões de políticos que, inicialmente entusiasmados, viram suas esperanças desmoronarem ao tentarem se firmar nas fileiras do partido.

A saga de Alexandre Guimarães rumo ao MDB parece ser mais um capítulo desse drama político, no qual a legenda, apesar de suas raízes históricas profundas, tornou-se uma armadilha para figuras em ascensão. Bastando voltar no tempo, encontramos nomes ilustres como Kátia Abreu, Leomar Quintanilha e Eduardo Gomes, que, embora tenham filiado-se ao partido com grandes expectativas, rapidamente se viram à deriva de apoio e estrutura.

O MDB, historicamente, tem sido governado por uma “panela velha” de líderes, entre eles Avelino, Derval, Freire Jr. e Marcelo Miranda, que têm monopolizado o comando da legenda no estado. O problema reside exatamente aí. Esses líderes mais antigos, longe de incentivarem o crescimento e renovação do partido, parecem estar mais interessados em manter o status quo, relegando os novos filiados a um papel secundário e desencorajando qualquer tentativa de mudança.

A situação é paradoxal: embora o MDB necessite desesperadamente de renovação para enfrentar os desafios contemporâneos, seus líderes mais antigos resistem a ceder espaço, mantendo o partido estagnado. O mesmo destino, ao que tudo indica, aguarda o Deputado Alexandre Guimarães se decidir por essa filiação.

O histórico sombrio de outros políticos que ingressaram no MDB e foram negligenciados pelos líderes mais antigos levanta questionamentos inevitáveis sobre a real possibilidade de Guimarães prosperar dentro do partido. As lições do passado não são apenas alertas, mas praticamente profecias sobre o que pode aguardar o deputado caso escolha essa trilha.

É hora de questionar se o MDB, preso a suas tradições arcaicas, tem a capacidade de se reinventar e proporcionar um ambiente favorável ao crescimento político de novos membros. Até que essa transformação ocorra, os políticos que ousarem se aventurar nessa sigla podem estar fadados a uma trajetória frustrante e curta. Alexandre Guimarães, portanto, deve ponderar cuidadosamente antes de se envolver em um partido cujo passado parece indicar um futuro sombrio para aqueles que buscam nele uma plataforma para prosperar.

Por: Geovane Oliveira