quinta-feira, setembro 11, 2025

Governo do Tocantins celebra safra recorde de milho segunda safra com inovação no consórcio com braquiária

O agronegócio tocantinense vive um momento de celebração e inovação. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou dados que confirmam um novo recorde para a produção de milho segunda safra no Tocantins, impulsionado por um aumento na área plantada e, mais recentemente, pela aprovação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para o consórcio de milho com a braquiária.

A colheita do milho safrinha na safra 2024/2025 superou todas as expectativas, alcançando um volume recorde de 2,25 milhões de toneladas. Esse feito representa um crescimento substancial, consolidando o Estado como um importante polo produtor de grãos no cenário nacional. Por trás desses números impressionantes, está o esforço dos produtores e a adoção de tecnologias que impulsionam a produtividade.

Crescimento em números

De acordo com a Conab, a área plantada com milho segunda safra no Tocantins, saltou de 373 mil para 415 mil hectares. O aumento de área, combinado com condições climáticas favoráveis, como chuvas e temperaturas adequadas, além do uso de sementes de alta qualidade e fertilizantes, foi à chave fundamental para o rendimento excepcional. A produtividade, em algumas regiões, atingiu marcas de até 130 sacas por hectare.

A relevância do Tocantins vai além das fronteiras estaduais, com uma safra recorde de 9,67 milhões de toneladas de grãos no total, o estado se solidifica como o maior produtor da Região Norte e o segundo no Nordeste. A crescente produção de milho safrinha também alimenta um novo setor: usinas de etanol de milho, que devem começar a operar no estado ainda em 2025.

O Consórcio Milho-Braquiária: Uma aposta no futuro próximo

De acordo com o professor e engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), Thadeu Teixeira Júnior, em meio a esse cenário de alta produtividade, a aprovação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para o consórcio de milho com braquiária chega como um novo alento para os produtores. A medida reconhece oficialmente uma prática que une sustentabilidade e eficiência no campo.

“O consórcio, que consiste no plantio simultâneo do milho com a braquiária, oferece uma série de benefícios que impactam diretamente na rentabilidade e na saúde do solo, outra forma de implantação desse sistema é a distribuição da semente da forrageira antes do plantio do milho ou no momento da aplicação do fertilizante de cobertura, ambos misturados, podendo ser utilizado até com formulados, vale destacar que pesquisadores relatam que a pastagem não impacta significativamente no rendimento do milho”, destacou o engenheiro agrônomo, Thadeu Teixeira.

Thadeu Teixeira, explica que, a braquiária atua como uma planta de cobertura, protegendo o solo da erosão, controlando plantas invasoras e melhorando a fertilidade e biota do solo. A palhada deixada após a colheita do milho serve como um adubo verde, um passo crucial para a conservação e o uso sustentável da terra.

“O consórcio, que consiste no plantio simultâneo do milho com a braquiária, também é um pilar da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Este sistema de produção aperfeiçoa o uso da terra ao combinar diferentes atividades na mesma área. Após a colheita do milho, a braquiária, que já estava crescendo, se desenvolve plenamente, transformando-se em uma pastagem de alta qualidade para o gado. Isso melhora a rentabilidade da propriedade e, ao mesmo tempo, a eficiência no utilizo da área”, detalhou.

Thadeu Teixeira ressaltou ainda que, a validação dessa técnica pelo ZARC não apenas mitiga os riscos de perdas na safra devido a condições climáticas adversas, mas também abre portas para que os agricultores tenham acesso a linhas de crédito e a seguros agrícolas. “Essa é uma medida fundamental para que a produção continue a crescer de forma segura e responsável, aliado a união dos dados recordes apontados pela Conab com o reconhecimento oficial de práticas inovadoras pelo MAPA e liderança da Seagro a nível estadual na manutenção do programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), reforça o papel do Tocantins como um estado que adere às inovações na agricultura”, concluiu o engenheiro agrônomo professor Thadeu Teixeira Júnior.

Colaboração: Thadeu Teixeira Júnior – Engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura e Pecuária do Tocantins

 

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