O ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, esboçou o seu desejo em visitar a Coreia do Norte para visitar o líder do país, Kim Jong-un, a fim de diminuir as tensões entre os dois países, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

A fonte da notícia é o professor emérito da Universidade da Geórgia, Park Han-shik, que nasceu na Coreia do Sul. De acordo com ele, Carter quer ter um papel de auxiliar para o fim da crise entre os dois países, como exerceu em 1994, durante o governo de Bill Clinton.

“Para aumentar a credibilidade de suas intenções, falamos sobre Carter enviar sua opinião sobre a situação atual para os jornais”, disse Park. “Ele escreveu um editorial, e sua intenção de visitar Pyongyang já foi entregue a funcionários da Coreia do Norte. Ainda não conseguimos respostas dos norte-coreanos, mas tenho certeza de que eles estão dando uma consideração profunda”.

O ex-presidente dos EUA teve um texto seu publicado pelo jornal The Washington Post em 4 de outubro, e nele Carter advertiu sobre outra possível guerra da Coreia. Para evitar isso, ele escreveu que os EUA deveriam considerar enviar uma “delegação de alto nível” à Coreia do Norte para conversas de paz.

O professor sul-coreano revelou ainda que Carter, aos 93 anos, ofereceu várias vezes a sua ajuda ao presidente Donald Trump. Entretanto, as respostas foram sempre negativas, com o republicano informando que a questão norte-coreana deve ser resolvida pela atual administração – o magnata chegou a dizer, segundo Park, para Carter “deixá-lo em paz”.

Mesmo sem a anuência do atual governo dos EUA, Carter tem o interesse de ir a Pyongyang. Para Park, ter o respaldo da Casa Branca daria maior poder de negociação ao ex-presidente, que negociou com Kim Il-sung – fundador do país e avô do atual líder norte-coreano – em 1994 e ajudou a pôr fim a um impasse que quase causou uma guerra entre os dois países.

“Ainda temos que saber da reação da Coreia do Norte”, disse ele. “Poderíamos conversar com Trump novamente se a Coreia do Norte enviar um convite oficial. Se o Trump se opor firmemente à ideia, então devemos pensar sobre o que faremos a seguir”.

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