Doze peritos foram nomeados pelo governador interino Mauro Carlesse (PHS) na manhã desta segunda-feira, 28. Com a nomeação, a lista ainda conta com 25 profissionais esperando a convocação.
 
Apesar da surpresa da nomeação de uma pequena parte dos aprovados, os candidatos que não foram nomeados seguem com a frustração por conta do prolongamento no certame e da falta de publicação de um cronograma das próximas nomeações. Realizado com dispensa de licitação por conta da urgência em suprir o déficit nos quadros da secretaria de Segurança Pública com estes profissionais, as convocações têm começado a acelerar, porém ainda aquém do esperado pela população tocantinense.
 
No ato, que ocorreu no Palácio Araguaia, também foram nomeados parcialmente 20 delegados e 26 escrivães. Os candidatos aprovados integram o quadro de aprovados aptos a tomarem posse e já realizaram o curso de formação com recursos investidos pelo próprio governo. Contudo, o total de convocados representa apenas 1/3 do total de aprovados.
 
Com a demora para nomeação, o déficit no quadro da Segurança Pública vem se agravando. Ao longo dos quatro anos, muitos profissionais se aposentaram. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO), a categoria tem uma defasagem em torno de 40% do quantitativo geral nos 139 municípios. Para o Sinpol, a falta de policiais civis no Estado provoca a sobrecarga no trabalho de quem já atua na PC.
 
Para também ajudar a garantir a convocação dos aprovados, a Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano trouxe um artigo pontuando que o Estado deveria reservar recursos para realização de fases finais de concursos, tal como a nomeação de membros do cadastro de reserva para o exercício de funções ou atribuições que estão sendo desempenhadas por titulares de contratos temporários.
 
“Desde o início do mês a gente está procurando o governo que vem nos prometendo que iria  nomear todos. Agora fomos surpreendidos com essa nomeação, mas sem nenhum cronograma para os remanescentes que ainda estão aguardando. Estamos acreditando que o governador possa nomear todos os aprovados porque a necessidade é grande. Estamos dispostos a trabalhar e mudar a situação da Segurança Pública no Tocantins” afirma o candidato aprovado para o cargo de perito criminal que aguarda convocação, Kayto Muriel. 
 
Concurso
Em fevereiro passado, o concurso completou quatro anos desde que foi lançado. O certame foi retomado em 2016 com a realização da Academia de Polícia e as convocações vem sendo realizadas pelo Governo lentamente. Na primeira chamada, em maio de 2017, o Executivo convocou 53 candidatos para o provimento dos cargos de delegado, 13 médicos legistas, 35 peritos, 63 escrivães, 44 agentes e 26 necrotomistas.
 
Já no segundo semestre, o Estado nomeou cinco peritos, 31 delegados e 50 escrivães. Com as nomeações de maio somam um total de 96 remanescentes. Todos os aprovados já fizeram o curso da formação na Academia de Polícia e estão aptos para serem empossados.