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Escritor do Tocantins apresenta proposta inédita para controle da fome no país, com uso de cartão social eletrônico

Logística utilizada para Copa e Olimpíadas do Brasil facilitaria a viabilização do projeto, que inspirou o livro “Cidades Sociais Inteligentes”, a ser lançadonacionalmente  no Rio no próximo sábado, 21

Através de um cartão social universal, desenvolvido com sensores tecnológicos como uma espécie de chip eletrônico, a população brasileira que vive na linha da miséria e da pobreza poderá ser monitorada e assim facilitar o controle de governos de toda parte do Brasil. Quem apresenta a possibilidade, baseada em estudos e teses elaboradas ao longo das duas últimas décadas, é o escritor e arquiteto maranhense Zé Guimarães, autor de dez livros que têm a fome como principal tema.

Para Guimarães, que resolveu apresentar seu projeto quando os olhos do mundo estão voltados para o Brasil, por causa da Copa do Mundo, a solução para dar um fim às condições sub-humanas nas quais vivem milhares de brasileiros seria a utilização de um sistema inteligente para detectar os problemas e permitir que seja traçado um perfil individual de cada cidadão que necessite de uma atenção especial do governo.
“Não estou inventando a roda. Meu objetivo é amenizar o problema da fome no país”
– Com esta proposta, não estou inventando a roda. A ideia é apresentar uma solução tecnológica com base no que já vimos em anos de estudo e que consideramos viável para começar a amenizar o problema da fome no país.
O sistema irá creditar automaticamente os ativos estruturantes que irão tirar essas pessoas do estado humilhante da miséria e da pobreza. Atualmente, o controle é feito de forma arcaica, apresentando dados numéricos sem a menor margem assertiva, apenas apresentada por alguns governos para suprir uma necessidade de formar uma estatística, afirmando haver sucessivas melhores no sistema, mas que ninguém tem como provar. Sei que o clima é de festa, com a Copa do Mundo no Brasil, mas não podemos esquecer de nossas responsabilidades sociais – pontua, lembrando que a estrutura tecnológica utilizada para a realização do mundial em território nacional facilitaria a implementação do sistema:
– A extensa rede de fibra ótica instalada pela organização da Copa teria uma nobre finalidade após os jogos.
Escritor, hoje bem-sucedido, passou fome no interior do Maranhão
Zé Guimarães tem conhecimento de causa ao abordar o assunto, já que, no passado, sofreu as piores consequências da fome. Filho de uma costureira e de um alfaiate, teve de deixar o Maranhão aos dois anos de idade para fugir da fome e da seca.
– Somos uma família de vencedores, venci a exclusão social através dos estudos e da perseverança. Saí com meus pais e meus cinco irmãos do Maranhão para o norte do Goiás e passei fome, e falo sem nenhuma vergonha. Felizmente, dei a volta por cima. Me formei em arquitetura numa faculdade pública, a Universidade Estadual Paulista (a UNESP), e atualmente vivo em Tocantins, onde me estabeleci social e profissionalmente.
Em seus estudos, Guimarães usa como referência o Portal ODM, acompanhamento brasileiro dos objetivos de desenvolvimento do milênio, com base nas metas da Organização das Nações Unidas (ONU).
– No meu projeto, tudo o que existe de política pública federal, estadual, municipal será lançado e integrado no chamado centro de controle das “Cidades Sociais Inteligentes”, onde serão considerados os casos mais graves e os mais fáceis de serem solucionados, num mapeamento que listará a carência de cada indivíduo, evitando que programas como o “Minha Casa Minha Vida” contemplem cidadãos mais favorecidos que outros, excluindo quem realmente necessita. O controle tecnológico não traria apenas a modernidade à sociedade brasileira, mas o benefício do fim da desigualdade social no que diz respeito à miséria e à pobreza – afirma.

Chip traçaria renda de cada brasileiro

O dispositivo eletrônico proposto por Guimarães ainda permitiria que as cidades que aderirem ao sistema de Cidade Social Inteligente fizessem um controle específico para monitorar as rendas de cada brasileiro.

– A ideia é que haja sensores específicos de indigência, que, ao passar do tempo, poderão ser vistos e revistos para acabar com injustiças sociais. Os 70 milhões de brasileiros que vivem com faixa de renda máxima de R$ 272,50 per capita, se conectados ao sistema da CSI, seriam avaliados com maior urgência e poderiam ter suas vidas e de suas famílias melhoradas. Há recursos para desenvolver o projeto, basta prevalecer o bom senso e o desejo de ajudar o próximo em nossos políticos.

Autor, que escreveu 10 livros sobre a fome, se inspirou em Josué de Castro e Herbert de Souza

O modelo de soluções apresentado por Zé Guimarães em seu mais recente livro, intitulado “Cidades Sociais Inteligentes – sistemas conectados para o fim da miséria” (Editora Imagem), com lançamento marcado para o dia 21 de junho, às 21h, no restaurante Vovô Tino, no Rio de Janeiro, não tem fins lucrativos. A proposta do autor é que os governantes e empresas privadas que tenham interesse em ações sociais se mobilizem para utilizar a ideia apresentada na obra gratuitamente.

– Não quero dinheiro, quero o fim da fome. O geógrafo Josué de Castro junto com o Betinho de Souza (Herbert de Souza, mineiro sociólogo e ativista de diretos humanos, que ficaram famosos ao lutarem pelo combate à fome), foram minhas maiores inspirações. Tanto que o projeto concebido pelo Betinho, Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, será o principal beneficiário dos recursos obtidos com os lucros do lançamento carioca da obra.

O livro, que será vendido a R$ 25, poderá ser encontrado a partir de julho nas principais livrarias do país e na internet.

Alice Fernandes

Assessoria de Imprensa RJ

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