O clima de tensão cresce em torno do processo eleitoral da CCABA, após denúncias levantadas por membros da Chapa 2 – Unir pra Reconstruir, que apontam sérias irregularidades. Entre as questões destacadas, estão mudanças inexplicáveis em listas de votantes, nomeações questionáveis e falta de transparência na condução do pleito.

De acordo com relatos, o edital inicial apresentou uma lista com 890 eleitores aptos a votar, que foi posteriormente alterada para 894 nomes – algo considerado aceitável devido a possíveis ajustes. No entanto, uma nova lista, divulgada a apenas cinco dias da eleição, trouxe um acréscimo de 150 novos eleitores, sem explicações claras sobre sua origem.

“De onde vieram essas pessoas? Foram nomeadas pela presidente? Apresentaram documentação válida? Essa falta de transparência é inaceitável em um processo que deveria ser conduzido com lisura”, questionou um dos denunciantes, que também ressaltou que o estatuto da CCABA não prevê mudanças dessa natureza sem aprovação em assembleia-geral.

Além disso, foi apontado que diretores constavam em listas anteriores e, inexplicavelmente, foram removidos na nova relação. Segundo os denunciantes, não houve comunicação oficial ou justificativa para essas substituições.

Outro ponto levantado foi a falta de publicidade em atos essenciais para a eleição. A comissão eleitoral, por exemplo, não teria sido formalmente divulgada em veículos oficiais, o que contraria os princípios de transparência exigidos pela Constituição.

“Quando fui presidente, todos os meus atos foram publicados em murais da prefeitura, da Câmara e amplamente divulgados. Essa eleição está sendo conduzida sem respeito às regras e à transparência que deveriam nortear um processo democrático”, criticou um ex-presidente da instituição.

As denúncias também incluem o relato de exclusão de sócios-fundadores do direito ao voto, mesmo após anos de contribuição para a CCABA. A exclusão só foi revertida após intensa mobilização e reivindicação junto à atual gestão.

Diante das acusações, representantes da Chapa 2 prometem levar o caso adiante, inclusive utilizando a tribuna da Câmara Municipal para expor as irregularidades.

O desfecho dessas eleições promete ser controverso, com impactos que podem repercutir na legitimidade da nova gestão da CCABA. Até o fechamento desta matéria, a presidência da instituição ainda não havia se manifestado sobre as denúncias.

Por Redação