IMG-20150323-WA0005[1]Nesta segunda-feira, 23, os profissionais de enfermagem do Estado do Tocantins aprovaram em assembleia extraordinária, a deflagração de um movimento grevista para iniciar nesta próxima segunda-feira, 30.

A primeira pauta da assembleia era falar sobre a negociação e a proposta de pagamento feita pelo governo. Na proposta apresentada, o governo estendeu os prazos para o pagamento dos retroativos e NÃO apresentou nenhuma proposta para a inclusão das progressões dos servidores, progressão esta que vem em atraso desde 2010.

Com isso, os profissionais enfermagem deliberam pela NÃO aceitação da proposta apresentada, aprovando por unanimidade a deflagração do movimento grevista. Ficou estabelecido que os profissionais de enfermagem iniciará o movimento com uma paralisação de 24 horas, no dia 30 de março. Caso o governo não apresente nenhuma uma proposta até o dia 5 de abril, os profissionais de enfermagem entraram em um movimento grevista por tempo indeterminado, a partir do dia 6 de abril de 2015.

O motivo para a paralisação é a anulação dos efeitos financeiros dos direitos dos profissionais de enfermagem no dia 11 de fevereiro, em que o governo do Estado através de uma portaria anulou a inclusão das progressões e o pagamento dos retroativos de insalubridade, progressão e adicional noturno, “o que estamos buscando é o pagamento dos nossos direitos, pois estes benefícios são de 2010, 2011 e 2012. Entendemos que o governo está com a saúde financeira complicada, mas os gestores não podem penalizar os profissionais de enfermagem por todos os desgovernos que vem acontecendo ao longo de anos de gestão no Estado. Além disso, o governo não apresenta nada de palpável para resolver esta situação e sabemos que a LRF estabelece que a suspensão dos direitos de servidores efetivos é a ultima medida a ser adotada e o governo faz ao contrário, continua fazendo contratação e quer tirar o pagamento destas e demais despesas dos nossos bolsos, isso é um abuso”, afirmou o presidente do SEET, Claudean Pereira Lima.

Outra reivindicação da categoria é a falta de condições de trabalho, os profissionais de enfermagem estão nas unidades sobrecarregados pela falta de profissionais, a falta de repousos adequados, a falta de equipamentos de proteção individual, além de problemas estruturais nas unidades, onde os servidores não têm nem banheiro para utilização e tem que dividir o espaço com os demais pacientes, “desde a gestão passada estamos buscando a resolução destas demandas, contudo o governo não toma nenhuma medida que efetivamente venha contemplar a resolução destes problemas, enquanto isso a população e os profissionais de enfermagem são penalizados com essa falta de gestão, é inadmissível a forma como somos tratados dentro das unidade”, afirmou o Claudean Pereira.

O presidente do SEET afirmou ainda, que o movimento grevista também foi aprovado pelas demais categorias da saúde e que esta medida foi tomada devido à insatisfação e a falta de proposta dos gestores, “já trabalhamos sobrecarregados, desvalorizados, pois temos um dos menores salários do Estado, mesmo sendo responsáveis por mais de 80% dos procedimentos do SUS, e agora o governo quer tirar o único benefício que temos que é a evolução funcional, este sindicato não irá se calar diante desta postura intransigente dos gestores”, afirmou Claudean Pereira.