Em reunião com empresários de Paraíso do Tocantins (64 km de Palmas), o candidato a governador do Tocantins pela coligação “A Verdadeira Mudança”, Carlos Amastha (PSB), garantiu, se eleito no pleito suplementar de 3 de junho, implementará uma política tributária justa para atrair investimentos ao município com foco na vocação local, como o atrativo turístico, e resolverá o problema da segurança. 

“Paraíso tem um potencial logístico enorme. Porém, a riqueza sobe e desce pela BR-153 e não para aqui. Com foco na vocação, que é o agro, o potencial turístico e serviços, vamos implementar medidas que se baseiam na capacitação dos agentes envolvidos nesses segmentos, atração de investimentos e empresas e, como indutor do desenvolvimento, atender os setores com crédito”, afirmou Amastha, no encontro realizado na noite dessa segunda-feira, dia 14, na sede da Associação Comercial e Industrial de Paraíso (Acip). “Imaginem o que faremos com essa Serra do Estrondo! Transformaremos num grande ponto turístico, que vai fomentar o comércio num todo. Se fizemos em Palmas, faremos aqui. Podem confiar”, complementou.

 

Política fiscal em vez de política arrecadatória

 

Questionado por empresários, Amastha abordou a proposta de política tributária de sua gestão. “Nunca esse estado teve uma política fiscal, mas sempre uma política arrecadatória. Nós desenvolveremos uma política tributária justa e que privilegie o desenvolvimento, a geração de empregos”, disse. Ele citou como um dos exemplos o Programa Palmas Solar, que muda a matriz energética e, por outro lado, concede desconto de 80% no IPTU por cinco anos. “Empresários e residências podem aderir. Em Palmas está crescendo demais a adesão ao programa que criamos. A conta é simples: a prefeitura dá o incentivo, e o dinheiro que o empresário ou morador pagaria de IPTU ou da conta de energia, ele investe na empresa, gerando mais renda, abrindo mais vaga de trabalho, enfim, fomenta a economia. Imagine esse programa em todo o Estado?”, declarou, reforçando que a meta é que o programa seja implantado em todo o território tocantinense.

 

Ele reafirmou que o secretário de Desenvolvimento Econômico será escolhido com base nas indicações dos segmentos empresariais do Estado. E outra mudança será a reformulação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, que não será meramente consultivo, mas deliberativo. “O setor será responsável por definirmos a política fiscal e tributária do Estado. Fiz isso na prefeitura, como é o mais correto, e farei no Estado.”

 

Máquina pública precisa ser enxuta e eficiente

 

Outro ponto abordado por Amastha aos empresários de Paraíso foi a necessidade de enxugamento da máquina pública. Ele citou o exemplo de Palmas. Em cinco anos de gestão à frente da Prefeitura, Amastha valorizou os servidores com realização de concursos e pagamentos em dia dos direitos, como a data-base. “Assumi a Prefeitura com 10 mil servidores. Destes, 4 mil eram dos ‘contratinhos’. Só no gabinete do prefeito eram 400 contratinhos. Eu finalizei a gestão com três servidores. O que fizemos? Reduzimos ao máximo os contratinhos de indicação política por servidores concursados, que não devem favor a político nenhum. Entreguei a prefeitura com 96% de funcionários efetivos”, comentou.

Para Amastha, o Tocantins não pode depender da máquina pública. “Comigo vocês podem ter uma certeza: teremos um Estado enxuto e uma política tributária justa, que priorize o desenvolvimento”, disse. “Vamos desmontar o gigantismo da máquina pública e dar oportunidade para as pessoas com um conjunto de ações voltadas ao desenvolvimento”, ratificou.  

 

Segurança é outra prioridade

 

Em relação à segurança, Amastha também falou do exemplo de Palmas e reforçou que vai aparelhar e investirá no setor. “Diante da situação e, apesar de não ser responsabilidade do município e, sim, do Estado, não fugimos da responsabilidade. O que fizemos? Reformulamos a Guarda Metropolitana. Valorizamos os servidores com capacitação, benefício e estrutura de trabalho. Temos uma das melhores polícias militares do Brasil. Isso é fato, mas o Estado, como instituição, não dá aos valorosos homens e mulheres a mínima estrutura necessária. A PM do Tocantins anda de ‘golzinho’ e volta e meia não tem combustível. Em Palmas, a Guarda Metropolitana anda de Pajero e tem os melhores equipamentos. É isso que faremos no Estado.”

 

Turismo como fonte de renda

 

Em relação ao turismo, Amastha reafirmou que em Paraíso irá implementar ações que valorizem a cidade, com objetivo de aproveitar melhor a Serra do Estrondo, por exemplo, além de busca de investimentos. “Palmas não tinha turismo. Estruturamos, incentivamos o comércio que envolve o turismo e trouxemos eventos formidáveis que propagaram Palmas como cidade bela que é e com capacidade de receber turismo de eventos, turismo religioso e de negócios, além do turismo convencional. A rede hoteleira cresceu. Os eventos e as iniciativas que desenvolvemos enquanto gestão pública deram o incremento que faltava”, comentou.

Ele disse que Paraíso deverá seguir o exemplo de Palmas. Deve se estruturar para aproveitar a logística e sua localização. “Vocês não têm ideia do tanto de empresários que vou trazer para Paraíso. Mas teremos de melhorar a infraestrutura. Estive na rodoviária, que pena aquilo. É um dos portões de entrada da cidade e está daquele jeito, abandonado. A última reforma foi em 1994. Precisa mudar urgentemente”, finalizou.