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quarta-feira, novembro 5, 2025

Desgoverno em Tempo Recorde: Gestão Interina de Laurez no Tocantins Gera Insatisfação e Caos em Apenas Dois Meses

Em apenas sessenta dias à frente do Executivo estadual, a gestão interina de Wanderlei Barbosa, o “Laurez”, já é sinônimo de reclamações generalizadas, arrogância no trato público e um crescente sentimento de abandono por parte da população e da imprensa tocantinense. O que era para ser uma transição de rotina, determinada pela Justiça, transformou-se em um palco de descontentamento e incertezas sobre o futuro do estado.

A queixa mais recorrente é o isolamento da cúpula do governo. Cidadãos, lideranças comunitárias e até mesmo profissionais da imprensa relatam dificuldades intransponíveis para ter acesso ao governador interino e a seus secretários. O canal que deveria ser de mão dupla virou uma via de mão única, onde as demandas do povo não encontram eco.

“É um muro de arrogância e prepotência. Os profissionais que tentam cumprir seu papel de fiscalizar e informar são sistematicamente ignorados pela assessoria interina. Não há transparência, não há diálogo. É como se governassem em uma bolha, alheios à realidade que os cerca”, desabafa um jornalista que preferiu não se identificar, temendo represálias.

O resultado desse fechamento é o que muitos já chamam de “caos se espalhando por todos os lados”. Serviços públicos essenciais, que já enfrentavam suas próprias dificuldades, parecem ter perdido a coordenação central. A população sente na pele a falta de um comando firme e, principalmente, com “jeito de lidar com as pessoas”.

“O que será do nosso povo do Tocantins? A gente se pergunta isso todos os dias. Estamos pagando um preço muito alto por uma decisão judicial que, em tese, deveria garantir a normalidade. Na prática, estamos à deriva, com uma gestão que não nos ouve e não se comunica”, lamenta a dona de casa Maria Santos, 58 anos, moradora da capital.

Especialistas em administração pública alertam que a falta de habilidade política e de comunicação é um veneno para qualquer governo, especialmente um interino, que precisa construir pontes rapidamente.

“Um governo, seja ele definitivo ou interino, não se sustenta apenas por decretos. Sustenta-se por legitimidade e diálogo. A percepção de arrogância e a falta de acesso minam a confiança da população e criam um ambiente de instabilidade que prejudica o desenvolvimento de qualquer estado”, analisa o cientista político João Ricardo Mendes.

A pergunta que paira no ar, sem resposta da atual gestão, é: até quando? Até quando o povo tocantinense terá de arcar com o preço de uma transição conturbada? A esperança é que o governador interino, Laurez, reveja sua postura e abra as portas do palácio, entendendo que governar é, antes de tudo, servir e ouvir. Enquanto isso não acontecer, o desgoverno promete ser a marca de seus dias no poder.

Por: Geovane Oliveira

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